Anti-sindical: Colômbia registra 38 assassinatos de sindicalistas neste ano

Com o assassinato do
vendedor de loteria José
Omar Galeano Martínez,
presidente da Federação
Colombiana de Vendedores
de Loterias, ocorrido no sábado
passado na cidade de
Buga, já são 38 sindicalistas
(34 homens e 4 mulheres)
assassinados na Colômbia,
segundo dados da Escola
Nacional Sindical (ENS).

O número dá conta
do preocupante aumento
da violência no país, pois
o número de sindicalistas
assassinados nos oito meses
deste ano é quase igual
ao registrado durante todo
o ano passado, quando se
contaram 39 casos.

O lotérico Martínez foi
baleado por um matador de
aluguel quando pilotava sua
motocicleta pelas ruas de
Buga. Segundo informação
da CUT, central sindical da
qual a Federação dos Lotéricos
é filiada, o sindicalista
liderava a luta em defesa
do direito ao trabalho dos
vendedores de loterias, que
se opõem à entrega das loterias
nacionais a consórcios
privados.

Por essa razão, a CUT
assegura que se trata de um
crime com motivos políticos.

Impunidade – Ele foi o terceiro sindicalista
assassinado no mês
de agosto. Os 38 assassinatos
fazem parte do conjunto
de 200 violações que foram
cometidos neste ano contra
a vida, a liberdade e a integridade
de trabalhadores
sindicalizados, e que sofrem
também ameaças, detenção
arbitrária, desaparecimentos
forçados, atentados e outras
formas de violência.

A CUT é a central mais
afetada pela onda de crimes.
Do total de assassinados, 29
dirigentes pertenciam a sindicatos
filiados a ela.

Chama também a atenção
o grau de impunidade
que, até o momento, tem
rodeado estes crimes, pois
apenas duas
pessoas foram
detidas.