Aos companheiros na Volks
As ameaças da Volkswagen levaram ao sentimento de
união e resistência para a luta que os seus
trabalhadores implementaram para a garantia de seus direitos. Dizer que
vai fechar a fábrica e demitir um contingente que
corresponde praticamente a metade dos seus atuais empregados na planta
Anchieta, tentando, com isso, impor seu plano de
reestruturação produtiva em nada
ajudará no processo de negociação para
busca de uma solução que contemple ambos os lados.
A atitude de enviar avisos de dispensas para 1.800 trabalhadores, que
seriam desligados ao término da estabilidade no emprego,
tinha o claro objetivo de dividir a categoria. O tiro saiu pela
culatra. Ao contrário, o movimento ficou mais forte e coeso
do que se poderia imaginar. Isso fez com a Volks retornasse
à mesa de negociação. Cabe a ela,
agora, se sensibilizar para o enorme problema social que
poderá criar no ABC, onde obteve lucratividade desde o final
da década de 50.
Cuidado
A hora é de mobilização e luta. O
resultado da greve comprovou isso. Você que é
trabalhador da Volks não tome nenhuma decisão
apressada. Se oriente pelo comando do seu Sindicato e da sua
representação interna. Muitos oportunistas de
plantão lhe procurarão com propostas mirabolantes
em defesa dos seus direitos, que não passarão de
engodos no futuro.
Nosso Sindicato está atento e saberá tomar as
medidas necessárias e adequadas nos momentos oportunos. O
que temos que fazer, agora, é resistir e lutar pelo emprego
e pelos direitos conquistados. Se preciso for, tomaremos as medidas
judiciais cabíveis, tanto no âmbito coletivo,
quanto individual.
Portanto, mais uma vez alertamos, não procure agir
deliberada e precipitadamente. Os erros e as injustiças
cometidas pela Volks serão corrigidos e reparados no momento
oportuno. Confie sempre em seu Sindicato.
Departamento Jurídico