Apitaço e passeatas internas na Volks
No segundo dia de luta contra a transferência de 1923 metalúrgicos da Volks de São Bernardo do Campo para o Instituto Gente, empresa do grupo Autovisão Brasil, a ala da ferramentaria – que tem dois turnos, com um total de 1.200 trabalhadores, sendo 800 do primeiro turno – e cerca de 200 mensalistas pararam das 09h00 até às 11h00.
Cerca de 1000 trabalhadores fizeram uma passeata e um apitaço dentro da fábrica. A passeata passou por várias alas – armação, motor, prensagem, montagem final, pintura etc -, e terminou na ferramentaria, de onde o grupo partiu às 09h00.
Segundo Hélio Honorato, coordenador da Comissão de Fábrica, as ações de luta estão contando com o apoio de 100% dos trabalhadores da Volks. E hoje, por onde a passeata passou, os metalúrgicos pararam para ver e aplaudir os companheiros.”Todos estão participando das mobilizações de forma organizada e solidária, como foi decidido na assembléia de segunda-feira”, disse Helinho.
Hoje à tarde, os membros da Comissão de Fábrica e do Comitê Sindical de Empresa se reúnem na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para avaliar a luta do dia e discutir as do dia seguinte.
No dia 21 de julho, a Volkswagen do Brasil anunciou o lançamento da Autovisão Brasil, empresa destinada a gerar empregos e negócios para intermediar mão-de-obra excedente, segundo release distribuído pela montadora à imprensa. A Volks chamou a imprensa para anunciar um investimento de R$ 350 milhões no Brasil, porém, o que os jornais ressaltaram foi o excedente de 3.933 trabalhadores que a montadora informou que ia transferir para a nova empresa do grupo. Os executivos da Volks garantiram que em momento algum falaram em demissão.
No entanto, como o anúncio foi feito de forma equivocada a impressão – e isso ficou claro em todos os títulos e manchetes dos jornais no dia seguinte – que ficou foi a de que a Volks podia romper o acordo que garante empregos dos trabalhadores da planta Anchieta até novembro de 2006.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, disse na ocasião que, os investimentos que a Volks fizer agora ou vier a fazer no futuro no Brasil são absolutamente bem vindo, porém, não poderão jamais ser feitos com base em rompimento de acordos assinados com o sindicato.
Marize Muniz
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