Após fim da fusão com a Honda, Nissan corta produção em fábricas
Cortes de custos que serão feitos pela montadora devem envolver mais de US$ 2 bilhões
Na semana em que cancelou a fusão com a Honda, a Nissan reportou cortes de custos e, agora, promete fechar algumas de suas fábricas no mundo e reduzir a produção. A primeira fábrica a fechar será a da Tailândia, até o fim do primeiro semestre. Outra unidade, ainda a ser definida, será fechada até o fim do ano. Uma terceira encerrará as atividades em 2027. Nos Estados Unidos, a montadora reduzirá os turnos das fábricas instaladas no Tennessee e no Mississippi, no sul do país.
A Nissan disse que planeja cortar custos em cerca de 400 bilhões de ienes (US$ 2,60 bilhões) no ano fiscal de 2026, que se encerra em abril, para criar um negócio mais enxuto. A reestruturação reduzirá a capacidade de produção global da Nissan em um milhão de unidades nos próximos dois anos, chegando a quatro milhões/ano. A Nissan também disse que reestruturaria sua alta gerência eliminando seu sistema de executivos corporativos e reduzindo os cargos de alta gerência em 20% a partir do próximo ano fiscal.
A empresa reduziu sua previsão de lucro para o ano em 20%, para 120 bilhões de ienes (US$ 780 milhões). Foi o terceiro corte feito acerca dos seus ganhos no atual ano fiscal. Honda e Nissan interromperam o Natal de 2024 para anunciar o início de um projeto de fusão. O negócio, avaliado em US$ 60 bilhões, buscava dar mais competitividade e reduzir custos das duas empresas frente à nova ordem automotiva mundial.
Porém, já em janeiro de 2025, notícias davam conta de ruídos nas negociações, que deveriam caminhar até meados de 2026, com a concretização da união. Um dos impasses se devia ao fato de a Honda querer assumir o controle total da operação e tornar a Nissan uma subsidiária. As duas fabricantes confirmaram o fim das negociações por meio de comunicados bem breves na quinta-feira, 13.
Do Automotive Business