Aposentados definem pauta para avançar nas conquistas
Trabalhadores aposentados marcham pela Rua Marechal Deodoro
Cerca de 350 trabalhadores aposentados seguiram em passeata no último sábado, dia 24, da Praça da Matriz, no sentido contrário a rua Marechal Deodoro, até a Sede, em São Bernardo, para ato onde foi construída uma pauta sobre os principais problemas dos aposentados no País.
“Uma comissão entregará os encaminhamentos à presidenta Dilma Rousseff o mais breve possível para o avanço nas negociações”, afirmou Wilson Ribeiro, presidente da Associação dos Metalúrgicos Aposentados do ABC, a AMA-ABC; e a Federação Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos da CUT, a Fenapi-CUT.
A ação aconteceu no Dia Nacional dos Trabalhadores Aposentados e o Dia Nacional da Previdência com palestras e a participação de vários sindicalistas, inclusive de outros Estados. “A data, portanto, não é de comemoração, mas de reflexão e luta, com outros atos em várias partes do Brasil”, destacou Wilson.
Segundo o dirigente, a categoria luta pela valorização do poder de compra, a defasagem salarial ano a ano, acesso a medicamentos, moradias e médicos geriatras. “Há remédios como os de hipertensão ou diabetes que são mais acessíveis, mas outros já são caríssimos, e com o que o aposentado ganha fica inviável ter saúde”, contou o representante.
“O fim do fator previdenciário [cálculo que reduz os rendimentos dos trabalhadores que se aposentam antes da idade mínima] e a redução de jornada de 40 horas semanais também são bandeiras de luta dos companheiros”, lembrou Wilson.
Durante a atividade, o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e futuro secretário municipal de Relações Governamentais da cidade de São Paulo, anunciou que fará uma ponte entre o atual ministro da Pasta, Arthur Chioro, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para a abertura da mesa de negociação sobre assuntos que envolvem os trabalhadores aposentados na região.
No próximo dia 28, os companheiros na AMA-ABC e Fenapi-CUT voltam novamente às ruas e se unirão a todos os trabalhadores no Dia Nacional de Lutas em Defesa do Emprego e dos Direitos.
“O protesto vai contra as medidas que tornarão mais difícil o acesso ao seguro-desemprego, abono salarial, auxílio-doença, pensões e seguro-defeso [para pescadores]”, afirmou Wilson. “Não podemos ficar de fora. Uma categoria forte se faz com a união de todos”, concluiu.
Da Redação