Aposentados e pensionistas voltam à carga

Sintapi-CUT amplia pressão em todo o país pelos 7,72% e pelo fim do fator previdenciário

De Norte a Sul do país, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores, Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sintapi/CUT) mobiliza sua base e amplia apoios entre os mais diversos ramos pela sanção presidencial aos projetos de lei – já aprovados na Câmara e no Senado – de extinção do fator previdenciário e do que reajusta em 7,72% os benefícios dos cerca de 8,3 milhões de pessoas que recebe mais que um salário mínimo.

“Defendemos o fim do fator previdenciário porque ele é um mecanismo nocivo, que impõe perdas de até 45% nos benefícios. Por isso esta bandeira é uma questão de honra, tanto para os trabalhadores em vias de conseguir a sonhada aposentadoria, quanto para os aposentados que têm de conviver com pesadas perdas em seus benefícios”, declarou o presidente do Sintapi, Epitácio Luiz Epaminondas,o Luizão.

A denúncia do arrocho imposto pelo fator foi destaque na Assembleia da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, realizada no dia 3 de junho no Estádio do Pacaembu. 

No mesmo dia, dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC pediram pessoalmente ao presidente Lula que sancione o projeto. No documento, entregue durante encontro do conselho executivo do Comitê Mundial dos Trabalhadores na Volkswagen, o Sindicato também reforçou a reivindicação de isenção da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da cobrança do Imposto de Renda.

A Executiva Nacional da CUT lançou nota na qual reitera ao presidente Lula que sancione o reajuste de 7,7% para as aposentadorias e também o fim do fator previdenciário.

“Deixamos claro, diz trecho da nota, que somos contrários à proposta de idade mínima, mencionada por alguns parlamentares como alternativa ao fator previdenciário. A idade mínima penalizaria quem começa a trabalhar bastante jovem”.

Na avaliação dos cutistas, o atual debate em torno das aposentadorias acima do mínimo poderia ter tido um resultado mais amplo e profundo, “indo além do reajuste do período e criando uma política de valorização permanente das aposentadorias e pensões, a exemplo da que conquistamos para o salário mínimo – que atende 18,3 milhões de aposentados, ou 69%  do total, além de outros 25 milhões de brasileiros que dele dependem direta ou indiretamente.

A CUT também reivindica “uma mesa de negociação permanente, com a participação de governo e entidades representativas dos aposentados, para construção de uma política de valorização não só das aposentadorias, mas das condições de vida dos idosos”.
 

Da CUT Nacional com redação