Aprovada licença maternidade opcional de seis meses
Depois de aprovado no
Senado, o projeto de ampliação
opcional da licença
maternidade de quatro para
seis meses também passou
pela Câmara Federal e entrará
em vigor assim que for
sancionado pelo presidente
Lula. O benefício também
vale nos casos de adoção.
O novo prazo não é
obrigatório e as mulheres
só terão o benefício se a
empresa concordar.
Pelo projeto, a adesão
da empresa é voluntária e o
salário pago nos dois meses
a mais poderá ser deduzido
no Imposto de Renda.
As empresas que aderirem
vão ganhar o certificado
de Empresa Amiga da
Criança.
Como se trata de incentivo
fiscal para as empresas,
na prática, as mulheres
só devem se beneficiar do
prazo de seis meses a partir
do ano que vem.
O projeto aprovado na
noite de quarta-feira tem a
finalidade de corrigir um
descompasso entre a atual
legislação, que fixa a licença
em quatro meses, e a recomendação
da Organização
Mundial de Saúde de que
as mães devem amamentar
seus filhos por, no mínimo,
seis meses.
Média no Brasil é muito baixa
Aqui no Brasil, pesquisa
do Ministério da Saúde mostra
que a média de aleitamento
é de apenas 34 dias.
Isso acontece por falta
de informação sobre o
comportamento do bebê
e da mama durante o aleitamento,
que causa muita
insegurança às mães, além
de alguns mitos.
“A mãe deve saber que
as mamadas são livres, que
não precisa controlar nem a
quantidade e nem o horário”,
disse o médico Hamilton Robledo,
da Sociedade Brasileira
de Pediatria. Existe também
o mito do leite fraco ou insuficiente.
“É um problema
cultural, uma vez que o leite
materno é o melhor que existe”,
comentou a professora
Ana Cristina Abrão.
Ele disse que muitas
mulheres ficam sem leite
porque não estimulam a
criança a mamar. “Quanto
mais leite é retirado, maior
será a produção”, afirmou.