Argentina vence a Suíça por 1 a 0 e está nas quartas de final
Di Maria comemora o gol marcado nos minutos finais da prorrogação contra a Suíça Foto: Ivan Alvarado / Reuters Di Maria comemora o gol marcado nos minutos finais da prorrogação contra a Suíça
RIO – A Argentina continua vivendo de lampejos dos seus craques nesta Copa do Mundo. Em mais uma atuação ruim, o time de Alejandro Sabella precisou jogar 117 minutos para conseguir fazer um gol na suada vitória sobre a Suíça por 1 a 0, nesta terça-feira, no Itaquerão, em São Paulo. O gol do jogo saiu de uma arrancada de Messi, que passou para Di Maria bater de primeira e definir a partida aos 12 minutos do segundo tempo da prorrogação.
Mas o jogo poderia ter ido para a disputa de pênaltis. Assim como aconteceu com o Brasil contra o Chile, a trave salvou os argentinos no último minuto quando Dzemailli finalizou um cruzamento na área e acertou a trave direita do goleiro Romero.
No fim, alívio para os argentinos, que agora vão enfrentar nas quartas de final o vencedor da partida entre Bélgica e Estados Unidos. Os dois times se enfrentam ainda nesta terça-feira, na Fonte Nova, em Salvador.
Tecnicamente, o jogo foi o pior até agora das oitavas de final. Muito amarrado, com a Suíça apenas se defendendo como se estivesse apenas querendo evitar o gol e levar a partida para a disputa de pênaltis. Do outro lado, a Argentina mostrava a mesma desorganização tática que vem exibindo desde o início da Copa.
Suas vitórias até aqui foram construídas a partir de lampejos de Messi. Se o quarteto com Di Maria, Higuain e Agüero não vinha bem nos três primeiros jogos, com um número muito pequeno de jogadas entre eles e triangulações, o time melhorou um pouco com a entrada de Lavezzi no lugar do contundido Agüero. Mas ainda está muito longe do ideal.
De fato, as semelhanças entre Brasil e Argentina nesta Copa são muitas e vão além de terem escapado do fracasso precoce com uma bola na trave. São times que exibem pouco conjunto, não jogam bem, e dependem dos seus craques. Se no Brasil, os melhores jogadores depois de Neymar são Luiz Gustavo, David Luiz e Thiago Silva. Na Argentina, os principais coadjuvantes são o lateral-esquerdo Rojo e o meia Di Maria.
Di Maria não vinha fazendo uma boa partida até a metade do segundo tempo. Foi quando começou a aparecer para tentar ajudar Messi a furar a defesa suíça.
Até então, Benaglio vinha levando a melhor tanto nas arrancadas de Messi, quanto em finalizações de Higuain e Lavezzi.
A Suíça também teve suas chances, mas não soube aproveitá-las. No primeiro tempo, Romero defendeu com os pés um chute de Xhaka aos 27 minutos. Onze minutos depois, Drmic se viu sozinho diante de Romero, mas tentou fazer um gol por cobertura e a bola acabou parando fraca nas mãos do goleiro argentino.
Como vem acontecendo nesta Copa, Messi tentou decidir a partida sozinho no segundo tempo. Primeiro, ele arriscou um chute de fora da área aos 22 minutos que passou perto do travessão de Benaglio. Aos 31, ele deu uma arrancada, invadiu a área e bateu rasteiro para a defesa de Benaglio.
Com o 0 a 0, o foi para a prorrogação. Logo no início, Di Maria teve uma chance em um chute de fora da área, mas Benaglio defendeu.
Quando a partida se encaminhava para a disputa de pênaltis, Messi pegou a bola na intermediária e foi costurando até a entrada da área. Quando a defesa suíça se preparava para fechar em cima dele e evitar o chute, Messi rolou mansamente para Di Maria. O meia bateu de primeira no canto direito de Benaglio, sem chance para o goleiro suíço.
No fim, a Suíça fez o que não fez em quase toda a partida. Foi quando Dzemailli teve a grande chance de marcar. Após o cruzamento na área, Dzemailli cabeceou e acertou a trave direita de Romero. A bola ainda voltou e bateu na canela do atacante antes de ir para a fora. A Suíça desperdiçava a sua última chance e a Argentina respirava aliviada com a sua classificação garantida.
Da Redação