As 7 Metas Para o Setor Automotivo
O Sindicato dos Metalúrgicos divulgou recentemente uma proposta de política industrial para o setor automotivo no Brasil. Essa proposta, denominada de Plano de 7 Metas, é uma contribuição ao programa de governo do companheiro Lula. Mas, de maneira democrática, o Sindicato gostaria de vê-la discutida por todos os candidatos à Presidência da República.
A proposta tem como diretriz a substituição da lógica arrecadadora e financista por uma outra desenvolvimentista. Nesta, os incen-tivos governamentais ao aumento do consumo e da produção de veículos e componentes deverão ter como necessária contrapartida a manu-tenção/incremento da arrecadação pelo aumento da escala, o aumento do emprego e da renda, o incremento das exportações, a obtenção de superávits na balança comercial e a geração de tecnologia no país.
Assim, sinteticamente, as metas propostas são as seguintes: 1) Constituir a Câmara Setorial Automotiva, para o desenvolvimento e monitorização das metas do setor. 2) Aumento do mercado interno e da produção nacional de veículos, de modo a se atingir a produção de 3,2 milhões de veículos e geração de 68 mil empregos em toda a cadeia produtiva em 2006. 3) Incremento das exportações e do superávit na balança comercial do setor. 4) Re-novação e reciclagem da frota nacional de veículos. 5) Estímulos tributários e creditícios aos veículos e componentes projetados e desenvolvidos pela engenharia nacional. 6) Incentivos governamentais à produção e venda de veículos a álcool. 7) Implantação do Contrato Coletivo Nacional de Relações de Trabalho no setor, com vistas a impedir a competição entre regiões e plantas industriais, baseado no rebaixamento das condições de trabalho.
Essas propostas – ou diretrizes de propostas – podem ser resumidas no esforço da construção conjunta, pelo governo, cadeia automotiva e sociedade, de um sistema de compromissos, contrapartidas, confiança, estabilidade das regras e aposta no futuro.