As mudanças na caderneta de poupança

Na semana passada o governo federal anunciou os ajustes que serão feitos na caderneta de poupança e nas aplicações de renda fixa a partir de 2010. Caso aprovado pelo Congresso Nacional, os rendimentos de poupança acima de R$ 50.000,00 passarão a ser tributados pelo Imposto de Renda (IR), ao mesmo tempo que a alíquota para os fundos de renda fixa será reduzida.
O objetivo das medidas é evitar que os grandes investidores migrem para a caderneta de poupança.
Com a queda da taxa de juros (Selic), hoje em 10,25% ao ano, a rentabilidade daqueles que investem em títulos do tesouro caiu, tornando a poupança mais atrativa por não cobrar IR e taxas administrativas, além de ser mais segura.
A mudança é necessária pois permite ao governo viabilizar a continuidade da queda da taxa de juros no Brasil, fundamental para o dinamismo da atividade econômica do País, sobretudo do setor produtivo.

Sem alteração
É importante ressaltar que a caderneta de poupança sempre foi o principal mecanismo de reserva da grande maioria da população
brasileira. Desta forma, o uso político para se fazer qualquer associação ao confisco feito em 1990 pelo governo Collor consiste num enorme desserviço ao País. Na categoria, a pergunta que se faz é: o que muda na vida do metalúrgico? Se você tem menos de R$ 50.000,00 na poupança, a resposta é NADA.
Isto significa que você faz parte do grupo de 99% dos quase 90 milhões de clientes da caderneta de poupança que prosseguirão
isentos do pagamento de Imposto de Renda, continuando com a mesma rentabilidade – rendimento de 6,17% ao ano mais TR (taxa referencial) – e com a mesma segurança.

Subseção Dieese