As trabalhadoras brasileiras
Apesar de todos os direitos conquistados pelas mulheres ao longo dos anos, elas ainda enfrentam um mundo onde as maiores e melhores oportunidades continuam sendo para os homens. Segundo a edição especial do Boletim do DIEESE, as mulheres são hoje uma parcela significativa da força de trabalho no Brasil: 31 milhões de trabalhadoras, o que corresponde a 41% da População Economicamente Ativa (PEA). Mais ainda: 25% das famílias do País são por elas chefiadas.
No Brasil, a maioria das mulheres é assalariada, tal como os homens. No entanto, cerca de 17% têm no emprego doméstico o seu sustento, enquanto entre os homens esse percentual é de apenas 0,8%. As mulheres ocupam em maior percentual postos mais precários e de menor remuneração e ainda trabalham em maior proporção em postos não remunerados.
A escolaridade das mulheres vem crescendo, inclusive ultrapassando os homens nas faixas de 8 a 14 anos de escolaridade. Porém, apesar de um maior nível de instrução, não exercem funções compatíveis com sua formação.
A análise de alguns indicadores do mercado de trabalho brasileiro evidencia uma situação desfavorável aos trabalhadores de ambos os sexos, mas revela uma maior precariedade para a mulher trabalhadora. Assim, em todas as regiões metropolitanas pesquisadas, a taxa de desemprego é maior entre as mulheres: em média, 5 pontos percentuais superior à dos homens.
A luta das mulheres junto às suas categorias profissionais precisa ser intensificada, pois atualmente os resultados das negociações coletivas ainda se concentram nas questões relativas à mulher gestante e à maternidade, pouco tratando dos problemas da mulher no trabalho.
Apesar do atraso, os nossos parabéns a todas as mulheres trabalhadoras pela data especial de 8 de março.
Subseção do Dieese