Às vésperas de negociação, bancários vão às ruas
Reivindicações econômicas serão tratadas com a Fenaban na rodada dos dias 15 e 16. Categoria quer 5% de aumento real, PLR e pisos maiores
Os bancários promovem Dia Nacional de Luta na terça 14, um dia antes do início da rodada de negociações com a federação dos bancos (Fenaban) sobre cláusulas econômicas da Campanha Nacional Unificada 2010. A mobilização servirá ainda como resposta para a postura dos representantes dos banqueiros, que só dizem “não” na mesa de negociações.
O Dia Nacional de Luta começará logo cedo com a distribuição de camisetas e fitinhas amarelas – cor que na campanha de mídia representa as reivindicações econômicas – nos principais centros administrativos de São Paulo, Osasco e região.
Também uma “árvore dos desejos” circulará pelos locais do ato, para que os trabalhadores pendurem bilhetes com as reivindicações que eles querem que não fiquem sem avanços na Campanha Nacional Unificada 2010.
Negociação
A próxima rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban tem início às 15h de quarta 15 com continuação prevista para quinta 9, a partir das 10h. Entre as principais reivindicações estão aumento real de 5%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil; vale-refeição, vale-alimentação e auxílio-creche no valor de um salário mínimo (R$ 510), aumento do piso salarial, auxílio-educação e Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para todos.
“Todas as operações financeiras disponíveis nos balanços dos bancos, apontam crescimento. Não foi à toa que as cinco maiores instituições financeiras lucraram no Brasil R$ 21,3 bilhões, apenas no primeiro semestre deste ano, alta de 28,12% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse resultado é prova do quanto os bancários trabalharam intensamente e de que os bancos têm recursos de sobra para atender às reivindicações da categoria, que não sai dessa campanha sem valorização salarial e melhores condições de trabalho, já que é vítima da pressão e do assédio moral para cumprimento de metas abusivas”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.
“Os próprios bancos já admitiram que só com o que arrecadam com receita de prestação de serviços, pagam com folga os custos com funcionários”, destacou Juvandia ao afirmar que os bancos têm o dever de atender às reivindicações da categoria.
Do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região