Asbrasil não cumpre acordo de PLR

Trabalhadores estão revoltados com o anúncio do pagamento da segunda parcela com valor bem menor que o previsto no acordo.

Os trabalhadores na
Asbrasil, fábrica de autopeças
em São Bernardo, estão
indignados
com a direção
da empresa. Na
semana passada,
ao divulgar
os gráficos da
PLR, ela apontou
um valor de
apenas 40% do
total previsto no
acordo firmado
ano passado.

O pessoal ficou com a
sensação de ter levado um
passa-moleque, pois até outubro,
último mês da divulgação
dos gráficos, o valor
da PLR estava integral.

Repetição –
Não é a primeira vez que
acontece isso. “Nos últimos
anos têm sido rotina a empresa
jogar o valor da segunda
parcela para baixo”, protestou
Carlos André Gomes, o Tietê, do Comitê Sindical.

Ele disse que uma das
reivindicações é transparência
na aferição
das metas e
adoção de critérios
que possam
ter controle pelos
trabalhadores,
pois hoje
o valor da PLR
é calculado levando
em conta
os critérios de
qualidade e sucata.

Imposição –
Outra bronca do pessoal
é que a empresa não
cumpriu o compromisso de
chamar a Comissão de PLR
caso surgissem problemas.

Ao contrário, a Asbrasil
suspendeu as reuniões de
novembro e dezembro, e
agora, em janeiro, anunciou
um valor de PLR que os trabalhadores
não conseguem
engolir.

Aqueles que procuram
o Comitê Sindical para protestar
estão sendo pressionados
pelas chefias. “Não
é desse jeito que a empresa
vai resolver o problema”,
avisou Tietê.