última quarta-feira, dia 19, o Sindicato e uma co¬missão de trabalhadores, além de outros credores, estiveram reunidos com representantes da empresa Proema, em São Bernardo, e rejeitaram o Plano de Recupera¬ção Judicial proposto pelos admi¬nistradores.
“O Plano de Recuperação se revelou totalmente inviável com proposta para pagamento da dívida que não se sustenta. Sendo assim, foi rejeitada por 99% dos credores que estavam na assembleia”, contou o coordenador de São Bernardo, Nelsi Rodrigues, o Morcegão.
O Sindicato representa quase 800 trabalhadores com débitos traba¬lhistas que chegam a R$ 39 milhões. Já a soma total de débitos da Proema é de R$ 60 milhões. Para quitar essa dívida, a empresa ofereceu um ter¬reno que hoje no mercado vale em torno de R$ 16 milhões.
Com a rejeição do Plano, a con¬sequência direta legal é a decreta¬ção da falência. “Esperamos que o juiz decrete a falência o quanto antes e vamos buscar também o patrimônio pessoal dos sócios para poder reunir os recursos necessários à recuperação dos créditos trabalhistas”, declarou o coordenador.
(Foto: Andris Bovo)
Na última quarta-feira, dia 19, o Sindicato e uma comissão de trabalhadores, além de outros credores, estiveram reunidos com representantes da empresa Proema, em São Bernardo, e rejeitaram o Plano de Recuperação Judicial proposto pelos administradores.
“O Plano de Recuperação se revelou totalmente inviável com proposta para pagamento da dívida que não se sustenta. Sendo assim, foi rejeitada por 99% dos credores que estavam na assembleia”, contou o coordenador de São Bernardo, Nelsi Rodrigues, o Morcegão.
O Sindicato representa quase 800 trabalhadores com débitos trabalhistas que chegam a R$ 39 milhões. Já a soma total de débitos da Proema é de R$ 60 milhões. Para quitar essa dívida, a empresa ofereceu um terreno que hoje no mercado vale em torno de R$ 16 milhões.
(Foto: Edu Guimarães)
Com a rejeição do Plano, a consequência direta legal é a decretação da falência. “Esperamos que o juiz decrete a falência o quanto antes e vamos buscar também o patrimônio pessoal dos sócios para poder reunir os recursos necessários à recuperação dos créditos trabalhistas”, declarou o coordenador.
Após a decretação da falência, é determinada a lacração de todas as unidades com máquinas e equipamentos que serão futuramente vendidos para quitação dos débitos.
Em agosto deste ano, o Sindicato evitou a retirada de máquinas na A+Z, em Diadema, uma das empresas do grupo. Na ocasião, os Metalúrgicos do ABC receberam a denúncia da retirada das máquinas sem autorização da justiça. Quando chegou ao local, duas máquinas já estavam em cima de uma carreta e um boletim de ocorrência foi registrado.
“Essa ação foi fundamental para manter o patrimônio da empresa no local, que servirá para o pagamento dos trabalhadores”, relembrou Morcegão.
O presidente do Sindicato, Rafael Marques conversou com os trabalhadores na Sede e reafirmou o compromisso de buscar todos os meios jurídicos para que as dívidas trabalhistas sejam pagas aos companheiros. “Estamos juntos desde o início dessa trajetória e vamos lutar para que os trabalhadores não paguem pela incompetência dos empresários. Nossa missão é fazer com que todos possam receber seus direitos”, destacou.
RELEMBRE A HISTÓRIA DA MÁ GESTÃO DOS PATRÕES
A crise do grupo Proema, composto por 19 empresas, começou em meados de 2012 por conta de má administração. A partir de então, a situação passa a se agravar e centenas de trabalhadores são demitidos. Algum tempo depois, o Sindicato consegue obter a confissão de dívida por parte da empresa, o que facilita o andamento das ações trabalhistas.
Na fase de execução dessas ações, em dezembro de 2014, a empresa entra com o pedido de plano de recuperação judicial, a partir daí, todas as ações são suspensas.
Da Redação