Assembléia define agenda de mobilizações no Fórum Social Mundial

Dentre as ações que devem ocorrer ainda neste ano no Brasil, estão um ato pelo direito das mulheres, no dia 8 de março; uma semana de protestos contra a guerra e o capitalismo, entre 28 março e 6 de abril; e um ato em defesa do ambiente e dos índios, em 12 de outubro

O Fórum Social Mundial (FSM) terminou no último domingo com uma “assembléia das assembléias” que definiu uma agenda de mobilizações para 2009. Como a organização do evento tem em sua carta de princípios a decisão de não adotar posições oficiais para não forçar um consenso, os protestos serviriam para marcar posição e tentar influenciar governos para que optem por alternativas a políticas globalizantes e neoliberais.

Dentre as ações que devem ocorrer ainda neste ano no Brasil, estão um ato pelo direito das mulheres, no dia 8 de março; uma semana de protestos contra a guerra e o capitalismo, entre 28 março e 6 de abril; e um ato em defesa do ambiente e dos índios, em 12 de outubro.

Fora do País também devem ocorrer manifestações durante o Fórum Mundial das Águas, a ser realizado em Istambul, na Turquia, e para pressionar países a agir contra as mudanças climáticas, durante a próxima Conferência do Clima da ONU.

Positivo ou não?
Cândido Grzybowski, um dos organizadores do fórum, fez uma avaliação positiva do evento, que teve 133 mil participantes de 142 países. Para defender a ausência de resoluções oficiais, ele disse que o FSM não pretende “fazer a velha política”, em que uns definem o que é prioridade para outros.

Já o sociólogo Emir Sader não gostou do resultado. “Há um certo sentimento de frustração em relação ao que o fórum poderia dizer ao mundo, mas parece que ele está girando em falso”, disse.

Sader defende mais espaço para governos e movimentos sociais no evento e criticou o excesso de ONGs no fórum. “Onde estão as massas nas ruas mobilizadas pelas ONGs? Quem faz o fórum são os movimentos populares. As ONGs têm lugar, mas o protagonismo tem que ser dos movimentos sociais”, afirmou.

Da Redação