Assembléia geral dia 31

A categoria define o rumo da campanha salarial no domingo, 31 de agosto. Reunião de mobilização, ontem, definiu pela realização de assembléia geral no dia em que também vence o prazo para os patrões apresentarem propostas. Condições para isto eles têm.

Índices de produtividade e de emprego dão folga a acordo

Não é só o aumento da
produção que permite aos
setores patronais atenderem
as nossas reivindicações.

A produtividade do
trabalho na indústria aumentou
4,11% em 12 meses,
até junho. O ganho é
resultado do crescimento
da produção e do total de
horas trabalhadas, segundo
o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística
(IBGE). O emprego é outro
indicador positivo de que os
setores vão bem.

É com base neste quadro
que os metalúrgicos
confirmaram ontem à noite,
em reunião de mobilização,
o prazo final de 31 de agosto
para uma proposta de
acordo, quando a categoria
realiza assembléia geral aqui
no ABC.

A Federação Estadual
dos Metalúrgicos da CUT
(FEM CUT) recomendará
aos sindicatos filiados que
sigam a mesma agenda.

“Pretendemos resolver
a campanha até a semana
que vem, conforme estabelece
o calendário de negociações.
Se passar disso é
porque os patrões querem
nos enrolar”, avaliou David
Carvalho, coordenador de
base da Regional Diadema,
que acompanha as negociações
com os grupos.

Crescimento é constante

Segundo o IBGE, o
setor industrial tem conseguido
manter o ganho médio
de produtividade acima
de 3% ao ano desde 2004.
Alguns setores se destacam
na análise do Instituto.

No primeiro semestre
deste ano, um dos que apresentou
maior ganho foi o de
materiais de transporte, que
inclui montadoras e fábricas
de autopeças.

Ele registrou alta de
7,64% em produtividade.
Os setores borracha e plástico
também se destacaram,
com 5,81%.

Emprego segue em alta

O emprego industrial
é outro indicador que
também ilustra o bom desempenho
dos setores. O
crescimento foi de 2,8%
na média do primeiro semestre.

Porém, dos 17 segmentos
da indústria de
transformação pesquisados pelo IBGE, os melhores
são metalúrgicos. Neles,
se destacam as fábricas de
máquinas, de aparelhos
eletroeletrônicos e de comunicações
com 13% de
aumento no nível de emprego.
Na sequência, vem
o segmento de máquinas e
equipamentos, com 12% e
o de meios de transporte
(montadoras e autopeças),
que teve 11% de crescimento
no emprego.

“São números que
confirmam a possibilidade
dos patrões apresentarem
boas propostas”, finalizou
o presidente do Sindicato,
Sérgio Nobre.