Atenção dos trabalhadores na Scania deve ser redobrada
Das montadoras na base, a Scania é a que teve os maiores impactos negativos por causa da crise econômica. Com negócios focados no mercado externo, pelo menos 65% da produção foi perdida neste ano
Mesmo com a garantia de emprego prevista no acordo de IPI, os trabalhadores na Scania atravessam um período de mobilização adicional decorrente da forte queda na produção. O recado foi passado em assembléia, realizada na manhã desta segunda-feira (29),que reuniu companheiros que voltaram de licença remunerada, mesma data em que iniciou-se um período de 10 dias de férias coletivas para cerca de 2.000 trabalhadores.
Das montadoras na base, a Scania é a que teve os maiores impactos negativos por causa da crise econômica. Com negócios focados no mercado externo, pelo menos 65% da produção foi perdida neste ano. “Sempre alertamos a fábrica sobre a extrema vulnerabilidade que é depender das vendas externas”, lembrou Daniel Calazans, diretor do Sindicato. Diante disso, a crise deixou pouca margem de negociação para os trabalhadores. “As medidas do governo federal são fundamentais para nos ajudar a atravessar esse período”, acrescentou.
Segundo ele, os trabalhadores exigem que a empresa desenvolva uma campanha agressiva para vendas internas e amplie o mix de produtos, também muito concentrado em caminhões pesados.
Responsabilidade
Mesmo concordando que diante do atual nível de produção há um excedente de mão de obra, na assembleia os companheiros cobraram responsabilidade social da empresa, uma vez que sua lucratividade foi alta até o ano passado.
O Sindicato e o SUR continuarão na defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores. Uma nova reunião foi marcada para quinta-feira, na qual a empresa apresentará a avaliação feita do PDV e os próximos passos com os companheiros que estavam licenciados.
Da Redação