Atividade da indústria paulista cresce 2,8% em março

Nos últimos 12 meses até março de 2010, houve queda de 1,1%. Uso da capacidade instalada subiu para 81,6%.

Diante do bom momento das indústrias automotiva e a metalúrgica no Grande ABC, o Indicador do Nível de Atividade (INA) da indústria paulista cresceu 2,8% em março ante fevereiro, com ajuste sazonal, segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

No cálculo sem ajuste sazonal, o nível de atividade industrial registrou alta de 18% na mesma base de comparação. Em relação a março de 2009, o INA aumentou 20,7% no mês passado. Nos últimos 12 meses até março de 2010, o indicador registrou queda de 1,1%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria paulista subiu para 81,6% em março, com ajuste sazonal, de 79,1% em fevereiro. Na variação sem ajuste sazonal, o Nuci do mês passado avançou para 81,3% ante 76,4% em fevereiro.

Mas apesar do forte desempenho dois fatores podem acenar para uma possível desaceleração deste crescimento, alerta o diretor titular do Depecon, Paulo Francini. “As vendas e o emprego, medidos pelo Sensor da Fiesp, mostram recuos. Isso pode representar que o nível da aceleração do crescimento da indústria vai encontrar uma período de menor expansão”, afirma.

A confiança dos empresários da indústria paulista caiu para 55,9 pontos em abril ante 57,7 pontos em março, segundo a Fiesp. Nos cálculos do indicador Sensor, o patamar de 50 pontos é considerado equilíbrio. Resultados abaixo dessa marca indicam pessimismo e acima, otimismo.

Salários pagos
O total de salários reais pagos pelas indústrias paulistas subiu 0,7% em março perante fevereiro, com ajuste sazonal. Na comparação com março de 2009, foi verificada elevação de 7,3%. Os salários nominais, por sua vez, tiveram expansão de 1,4% em março ante fevereiro, e subiram 12,7% sobre o mesmo mês do ano passado.

O total de horas trabalhadas na produção aumentou 1,2% no mês (com ajuste sazonal), e teve alta de 9,0% no comparativo com março do ano passado.

Da redação com G1