Ativistas querem novo julgamento do massacre de Corumbiara
O Comitê Nacional de Solidariedade ao Movimento Camponês de Corumbiara quer um novo julgamento sobre o massacre de trabalhadores sem-terra ocorrido em 1995 naquela cidade em Rondônia.
O primeiro passo para trazer o caso novamente à tona foi dado na semana passada com a entrega de uma carta à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. Ofícios também foram enviados à presidenta Dilma e à ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, para que indiquem quais medidas foram tomadas pelo Estado brasileiro nesses últimos 16 anos em relação às mortes ocorridas em 9 de agosto de 1995.
Naquele dia um grupo de trabalhadores rurais que ocupava a Fazenta Santa Elina, em Corumbiara, foi massacrado por policiais militares e pistoleiros. Morreram 12 trabalhadores rurais e dois policiais. Em uma série de julgamentos ocorridos em 2000, foram condenados dois sem-terra e três policiais.
O Comitê de Solidariedade argumenta que o júri em Porto Velho foi conduzido de maneira preconceituosa, já que se baseou em uma investigação feita pela Polícia Militar, realizada para isentar de culpa os mandantes e os policiais responsáveis pelo massacre.
Da Redação