Ato “Bruno e Dom presentes: em defesa dos povos indígenas” será no sábado
No próximo sábado, 16, às 10h, a Frente Inter-Religiosa Dom Paulo Evaristo Arns por Justiça e Paz, em parceria com a Comissão Justiça e Paz de SP, a Comissão Arns, o Instituto Vladimir Herzog e a OAB-SP, realizará um ato em homenagem ao indigenista Bruno Pereira e ao jornalista britânico Dom Phillips na Catedral da Sé, centro da capital paulista.

Com o tema “Bruno e Dom presentes: em defesa dos povos indígenas do Brasil”, o encontro inter-religioso busca ressaltar a importância de defender a vida, a terra e a cultura dos povos indígenas e tradicionais, proteger o meio ambiente e aqueles que lutam para preservá-lo, em meio a violações sistemáticas e institucionalizadas de direitos, de acordo com a organização do evento.
O vice-presidente do Sindicato, Carlos Caramelo, reforçou que é fundamental debater os temas e combater as atrocidades. “A nossa defesa é pelo combate à violência e fazer essa reflexão do clamor da sociedade por amor, paz e respeito aos que pensam diferente, sempre reforçando os valores da democracia”, afirmou.
“Infelizmente está se tornando rotina a realização de ações para combater e denunciar as atrocidades recentes a pais de famílias, aos povos indígenas, quilombolas, LGBTQI+ e ao meio ambiente. Não é coincidência que tanta barbaridade tenha aflorado neste governo que incentiva o discurso de ódio”, ressaltou.
Beatriz Matos, viúva de Bruno, e Alessandra Sampaio, viúva de Dom, também estarão presentes. O ato ainda conta com participações culturais, como o cantor Chico César, o coral indígena Opy Mirim, a cantora Marlui Miranda e a cantora lírica Tati Helene.
Participam do ato católicos, anglicanos, metodistas, pentecostais, judeus, muçulmanos, bahá’ís, budistas, kardecistas, povos tradicionais de matrizes africanas e membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, além de representantes de povos indígenas, defensores dos direitos humanos e representantes da sociedade civil.
Dom Cláudio Hummes, conhecido como “profeta da Amazônia” por seu empenho na defesa socioambiental da região, que faleceu no último dia 4, também será lembrado na solenidade.
Manifesto
Em manifesto da Frente e entidades parceiras, as organizações chamaram a atenção para a escalada da violência contra os povos indígenas e tradicionais, fruto do descaso oficial e do desmonte de políticas públicas de preservação do meio ambiente – e cobram justiça pelas vítimas.
“Honrar a memória desses defensores de direitos humanos exige dar continuidade à sua bem aventurada missão. Assim, devemos relatar e denunciar a violência que se impõem sobre esses povos, exigir que sejam tomadas as providências devidas para a sua proteção, e transformar todas as crenças e estruturas que dão espaço para a violência”, diz.