Ato de repúdio lembra 50 anos do golpe militar

Tanques nas ruas do Rio de Janeiro em 1964

Os Metalúrgicos do ABC participarão no dia 1º de fevereiro, às 13h, do ato em repúdio à repressão da ditadura militar (1964-1985) aos trabalhadores da região.

O teatro Cacilda Becker, em São Bernardo, será palco do encontro intitulado Unidos, Jamais Vencidos.

No dia, dez centrais sindicais farão a leitura de uma carta sobre a perseguição sofrida pelos trabalhadores durante a ditadura.

“Vamos lembrar e denunciar os crimes praticados contra a classe trabalhadora, diretorias de sindicatos e ativistas sindicais”, afirmou o diretor da AMA-A/ABC (Associação dos Metalúrgicos Aposentados Anistiados do ABC), Djalma Bom, que também foi deputado estadual e federal além de tesoureiro do Sindicato.

“Queremos fazer vários outros atos como este pelo País para repudiarmos qualquer tipo de celebração do golpe militar que em 2014 completa 50 anos”, afirmou.

Homenagens

O evento faz parte de uma extensa agenda de protestos programados por centrais sindicais, ativistas, políticos e artistas, organizados a partir do Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical, da Comissão Nacional da Verdade.

A estimativa é que mais de 400 pessoas ligadas a diferentes organizações sindicais sejam homenageadas, com destaque para a memória de trabalhadores falecidos. Os metalúrgicos e químicos do ABC, por exemplo, devem compor perto de 50% da lista de perseguidos.

O Sindicato figura na lista das primeiras entidades sindicais que sofreram intervenção. Isto voltou a ocorrer em 1980 e 1983, além da diretoria ser afastada em 1979.

Da Redação