Ato exige liberdade às cooperativas
Manifestação acontecida ontem na Assembléia Legislativa reafirmou o sistema de economia solidária como alternativa ao capitalismo e pediu emendas ao projeto de lei do deputado Arnaldo Jardim (PPS), que quer as cooperativas do país controladas pelo grande capital.
O ato de protesto reuniu cerca de 200 representantes e simpatizantes dos empreendimentos solidários de todo o Estado, entre eles diretores da Unisol-Brasil e do nosso Sindicato.
Durante o ato foi lida a resolução aprovada no primeiro painel do 5º Congresso defendendo liberdade dos trabalhadores constituírem livremente as sociedades cooperativas.
“O projeto quer atrelar todo o sistema cooperativo à uma entidade privada, dominada pelo latifúndio e pelo grande capital”, protestou Rafael Marques, secretário geral do Sindicato.
Ele disse que essa ofensiva do sistema capitalista deve-se aos bons números apresentados pelo sistema solidário, que vem crescendo em todo o País nos últimos anos.
“O capitalismo quer um controle fascista sobre as cooperativas legítimas e sobre a organização dos trabalhadores”, explicou.
Os manifestantes decidiram mobilizar as entidades do sistema solidário em atividades de convencimento junto aos deputados, para que seja retirado do projeto os artigos restritivos à liberdade de organização.
Foi aprovado um processo de luta com duas ações iniciais. Uma, a ocupação da Assembléia Legislativa para fazer um corpo a corpo juntos aos parlamentares e, outra, o envio de mensagens eletrônicas.
“Defendemos o projeto no qual as cooperativas e empreendimentos solidários possam se organizar em várias centrais, garantindo inclusive o caráter da Unisol-Brasil”, comentou Rafael.