Ato nacional contra os retrocessos é sexta
Os metalúrgicos do ABC participam amanhã do Dia Nacional de Paralisação contra a reforma Trabalhista, em defesa dos direitos, contra o desmonte da Previdência e pelo fim do trabalho escravo. O ato é convocado pela CUT e demais centrais sindicais.
Em São Paulo, a concentração será na Praça da Sé, às 9h30. Em seguida, haverá caminhada até a Avenida Paulista. Confira os atos pelo Brasil na página 2.
“Convocamos todos os companheiros para fortalecer a luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora. A reforma Trabalhista vai acabar com a CLT e massacrar o futuro dos empregos e das relações de trabalho”, afirmou o presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
“Conquistamos a cláusula de salvaguarda contra a reforma Trabalhista nas negociações de Campanha Salarial deste ano pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, mas algumas bancadas patronais não chegaram ao acordo. É uma mudança que afeta o futuro dos empregos e temos que nos mobilizar agora para resistir à reforma”, explicou.
O ato ocorre um dia antes de a nova legislação trabalhista entrar em vigor. Entre os itens da reforma estão a precarização das relações de trabalho, com possibilidade de aumento da jornada e redução de salários.
Também estabelece o trabalho intermitente, sem saber quanto receberá ao fim do mês, além de acabar com as conquistas históricas.
Foto: Roberto Parizotti
Em reunião na segunda-feira, dia 6, os dirigentes das centrais sindicais reforçaram a unidade na luta contra os retrocessos.
Para o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, os atos prometem acompanhar a indignação da classe trabalhadora com o roubo de direitos.
“Todas as centrais e sindicatos se mostraram alinhados a fazer uma grande mobilização. Nos 27 estados da federação estamos vendo bastante empenho da militância”, contou.
“Acreditamos que será uma manifestação histórica, demonstrando que a classe trabalhadora não aceita a reforma do Temer e vai lutar para derrotá-la, seja por meio do abaixo-assinado, seja na luta concreta nas bases e pressionando o Congresso para derrubá-la”, continuou.
Na pauta dos trabalhadores está a defesa da Previdência pública. “O governo quer retomar o debate sobre a reforma da Previdência e insiste no argumento falso de que existe déficit. Vamos defender o direito à aposentadoria”, chamou.
Além de jogar a legislação trabalhista no lixo, o governo também condena os trabalhadores à escravidão com a portaria do Ministério do Trabalho que altera o conceito de trabalho escravo no Brasil. Na prática, dificulta o combate ao trabalho escravo e os trabalhadores exigem a revogação dessa medida.
Anula reforma
Durante as manifestações, as centrais sindicais continuarão a colher assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular que anula a reforma Trabalhista.
Os metalúrgicos do ABC participam da campanha Anula Reforma dentro das fábricas para coletar assinaturas dos companheiros contra a retirada de direitos que a reforma Trabalhista representa. O projeto de lei é proposto pela CUT e precisa de mais de 1,3 milhão de assinaturas.
Da Redação.