Ato reúne 1.000 mensalistas na Mercedes
Max durante assembleia em frente ao prédio central da Mercedes
Cerca de mil trabalhadores mensalistas na Mercedes, em São Bernardo, interromperam ontem pela manhã suas atividades para iniciar um processo de mobilização pelas negociações de uma política clara e transparente de cargos e salários aos companheiros da área.
“A Mercedes alega que a política salarial dos mensalistas é exclusividade apenas da montadora”, disse o coordenador da representação dos trabalhadores na fábrica, Ângelo Máximo Pinho, o Max, após a assembleia em frente ao prédio central.
“A empresa diz isso, mas não é assim. Os Metalúrgicos do ABC representam os companheiros mensalistas e, por isso, mantemos firme as discussões desta pauta tão antiga”, prosseguiu o dirigente.
Segundo Max, a reivindicação é por uma política salarial como a dos horistas. Estes, quando entram na fábrica, sabem em quanto tempo vão atingir os pisos e tetos salariais da função.
“Os mensalistas não têm conhecimento de uma tabela programada com datas e critérios para mudança de faixa salarial, o que é injusto”, protesta.
Max lembrou que até 1999 havia uma política salarial para o setor, mas a montadora encerrou unilateralmente.
“Esta luta é do Sindicato junto a todos os trabalhadores mensalistas, pois nunca negamos a legitimidade de representá-los”, concluiu.
Da Redação