Ato unificado defenderá conquistas dos trabalhadores
Na próxima quarta-feira, dia 28, a CUT e as demais centrais realizarão o Dia Nacional de Luta por Direitos e pelo Emprego, em grande ato em São Paulo e em diversas manifestações localizadas pelo Brasil, inclusive em São Bernardo.
O Sindicato, que tem presença garantida nas duas mobilizações, defende como um dos principais pontos da pauta a adoção de um mecanismo que proteja o emprego e a renda do trabalhador em momentos de instabilidade econômica ou de crise setorial.
“Temos que prosseguir em defesa do que conquistamos nestes últimos anos”, afirmou o vice-presidente do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva (foto).
Para ele, a geração de mais de 20 milhões de postos de trabalho desde 2003 garantiu que o Brasil mudasse o seu patamar social e isso deve ser preservado. “Estamos atentos para que o círculo virtuoso vivido pelo País nos últimos anos não seja interrompido”, defendeu Aroaldo.
Segundo ele, a manutenção do emprego é fundamental para evitar qualquer ameaça de recessão econômica. “Não se combate crise com mais crise”, ressaltou.
Aroaldo citou o exemplo da crise europeia e dos governos que tomaram medidas de cortes sociais durante a atual crise econômica e, com isso, prolongaram o período recessivo.
“Quem priorizou a política do arrocho briga até hoje para superar a crise”, analisou. “Já quem aplicou mecanismos que mantiveram os trabalhadores em seus empregos superaram mais rapidamente e já apontam taxas de retomada do crescimento, como é o caso da Alemanha”, completou o dirigente.
É do país europeu que vem a inspiração para a criação do Sistema de Proteção ao Emprego, proposto pelo Sindicato. “Se o Brasil adotasse uma medida como esta, criaríamos a salvaguarda que os trabalhadores tanto precisam e evitaríamos que as marolas na economia virem um tsunami social”, disse.
Aroaldo demonstrou preocupação com as medidas anunciadas pelo governo federal. “Sabemos da necessidade de equilibrar as contas públicas, mas não concordamos que apenas o trabalhador pague por isso”, concluiu o vice-presidente do Sindicato.
Presidente da CUT defende combate a retrocessos
O ano de 2015 não seria fácil e isso o movimento sindical já sabia logo após o final das eleições. A posse de um Congresso ainda mais conservador que o anterior e as cobranças da coalizão que ajudou a eleger a presidenta Dilma eram garantia de muitas pedras no caminho da continuidade do desenvolvimento com distribuição de renda e inclusão social.
Na última segunda-feira, dia 19, em reunião da CUT e das demais centrais sindicais com quatro novos ministros de Estado, os representantes do governo federal afirmaram que as medidas anunciadas no final do ano passado não seriam revogadas, mas acenaram com a possibilidade de mudanças no conteúdo das ações.
Em entrevista ao portal da Central, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas (foto), defendeu a manutenção dos direitos, do emprego e uma política de crescimento econômico.
Leia a íntegra da entrevista em http://goo.gl/eIUXxe
Da Redação