Atos pedem fim do uso da energia nuclear
Nesta terça, dia dos 25 anos da explosão da usina nuclear de Chernobil, milhares de pessoas saíram às ruas em vários países da Europa e da Ásia pedindo o abandono do uso da energia nuclear no mundo.
O aniversário do maior acidente nuclear da história acontece em meio às manifestações contra a energia nuclear provocadas pelo desastre na usina de Fukushima, no Japão, no último dia 11 de março. Os manifestantes entendem que a energia nuclear não é segura.
O acidente em Chernobil aconteceu no dia 26 de abril de 1986, na Ucrânia, então parte da União Soviética, quando uma série de erros técnicos e decisões equivocadas provocou a explosão de um dos reatores.
A explosão liberou 400 vezes mais radiação que a bomba lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima ao final da Segunda Guerra Mundial.
Em torno de 50 pessoas, a maioria trabalhadores na usina, morreram nos primeiro minutos.
A estimativa da Organização Mundial de Saúde é que cerca de 600 mil pessoas foram gravemente expostas à radiação e houve mais de seis mil casos de câncer de tiróide. Mais de quatro mil pessoas morreram prematuramente em virtude da radiação.
Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrúsia e Rússia foram fortemente contaminadas, provocando o reassentamento de cerca de 200 mil pessoas. Espaço equivalente a 500 vezes a área de Santo André foram inutilizados.
Hoje, cerca de 3 mil pessoas têm a incumbência de desativar outras unidades da usina, administrar o material nuclear e radioativo que ainda está no local, monitorar o meio ambiente ao redor da usina e construir um novo abrigo sobre o reator que explodiu.
Metalúrgico é contra essa energia
183 companheiros participaram da nossa enquete O que você acha da energia nuclear? publicada no site do Sindicato.
Destes, 70% entendem que a energia nuclear é perigosa demais para a humanidade, 23% acham que ela é necessária, pois vamos precisar dela agora e no futuro, e 7% não têm opinião formada.
Da Redação