Atualização da lista suja do trabalho escravo chega a 289 empregadores
São 132 novos nomes, entre pessoas físicas e jurídicas, que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão
Com 132 novos empregadores, maior acréscimo desde 2017, a lista suja do trabalho escravo foi divulgada ontem pela Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. Ao todo são 289 empregadores flagrados em operações de combate ao trabalho escravo, que submeteram trabalhadores a condições degradantes, com restrição de liberdade, jornadas exaustivas e, muitas vezes, sem remuneração.
De acordo com o Ministério do Trabalho, foram mais de mil resgates de trabalhadores nos três primeiros meses do ano. “Aqueles que forem flagrados fazendo uso de mão de obra análoga à de escravo, devem ser devidamente responsabilizados”, disse o ministro Luiz Marinho.
A lista é atualizada duas vezes por ano, em abril e outubro, com inclusão de nomes em decisões que não cabem mais recursos. No último documento, 17 nomes foram excluídos após permanecerem por dois anos sem reincidência.
Iniciada em 2004, no primeiro mandato do presidente Lula, a divulgação sofreu com impasses e dificuldades de acesso de dados impostos pelos governos Temer e Bolsonaro. A lista pode ser conferida no site do Ministério.
As denúncias podem ser feitas de forma anônima no Sistema Ipê (ipe.sit.trabalho.gov.br), da Secretaria de Inspeção do Trabalho em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).