Audi recua e admite que carros a gasolina podem continuar por mais tempo

Fabricante alemã é mais uma que revisa planos sobre eletrificação e altera metas para transição total

Seguindo tendência já verificada em marcas de renome como Ford, Porsche, Mercedes-Benz e Chevrolet, a Audi também reconhece que deverá revisar seus planos iniciais sobre projetos de eletrificação. Em entrevista concedida à revista Top Gear, o CEO da empresa, Gernot Döllner, admitiu que veículos equipados com motores a combustão poderão continuar em oferta além da data limite previamente programada.

Segundo Döllner, a Audi deve pensar estrategicamente e permanecer “flexível” em relação ao que pode acontecer no curto e médio prazo. O executivo fez a declaração no contexto de uma possível decisão da União Europeia sobre adiar a proibição da comercialização de carros novos movidos a combustíveis fósseis. “Teremos que nos adaptar rapidamente. Somos flexíveis”, disse quando questionado sobre mudanças na legislação.

A correção de rota é bastante significativa, especialmente por conta da aposta inicial da Audi nos EVs. Ainda em 2021, a marca foi pioneira ao anunciar que faria a transição para veículos exclusivamente elétricos até 2033. Com tantas mudanças pelo caminho, inclusive desaceleração nas vendas de EVs, a estratégia agora parece ser outra. Não por acaso, Döllner confirmou que ampliará a oferta de versões híbridas plug-in para toda a gama.

O executivo reconheceu que trens de força a gasolina parcialmente eletrificados permanecerão em linha por mais tempo do que o planejado, já que a transição para EVs puros não está progredindo tão rapidamente quanto o previsto originalmente. Já no longo prazo, a empresa de Ingolstadt segue apostando nos elétricos como único caminho possível para descarbonização.

Do Motor1