Aumenta o número de bancários parados no ABCD

Mais de 1.800 bancários da Região aguardam nova proposta; Comando Nacional se reúne para avaliar greve

O número de agências paradas aumenta consideravelmente na região do ABCD. Mais de 1800 trabalhadores do sistema financeiro esperam uma nova proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).  O quarto dia de paralisação na Região registrou um aumento de 13% de agências paradas em relação ao dia anterior – o equivalente a 113 bancos fechados.

Nesta segunda-feira (04/10), o sindicato concentrou suas atividades nas agências de São Bernardo. O balanço nacional da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) indica que 312 novas agências não abriram suas portas, totalizando 6.527 agências fechadas nos 26 Estados e no Distrito Federal. Isso representa um crescimento de 68,9% em relação ao primeiro dia da greve.

“É possível verificar o descontentamento da categoria com a ampliação da adesão dos trabalhadores ao movimento grevista. Diante deste fato, vale ressaltar que os bancários estão dispostos a avançar nas negociações e dialogar com as entidades patronais”, enfatiza Maria Rita Serrano, presidente do Sindicato.

Motivo da greve – Com uma proposta rebaixada de 4,29% de reajuste salarial, dentre outras discussões sem avanços, os bancários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado em todo território nacional.

Reivindicações
Entre as principais exigências da categoria estão reajuste salarial de 11% (inflação do período mais aumento real), PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 4 mil elevação do piso salarial, aumento do vale-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/babá para o valor de um salário mínimo, auxílio-educação e previdência complementar para todos os bancários, combate às metas abusivas, fim do assédio moral, plano de carreiras cargos e salários em todos os bancos, proteção ao emprego, segurança contra assaltos e mais contratações.

Plenária
Uma plenária organizativa será realizada nesta terça-feira (05/10) na sede social sindical. Na ocasião, serão avaliadas as mobilizações e as estratégias futuras para a greve da categoria.

Apoio 
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) Nacional divulgou nesta segunda-feira nota de apoio à greve nacional dos bancários. Para a CUT, “trata-se de uma greve inevitável, forjada pela insensibilidade e inflexibilidade dos bancos, que a despeito de todo o lucro que vêm amealhando ao longo dos últimos anos e do ambiente estável e de crescimento econômico, construído pelos brasileiros e brasileiras, respondem à justa demanda dos bancários com uma proposta de reajuste que seria risível, não fosse ofensiva”.

A nota, assinada pelo presidente da CUT, Artur Henrique, “reivindica uma mudança de postura por parte dos bancos e o início de negociações em patamar diferente do atual, buscando garantir dignidade para os bancários”.

 

Do ABCD Maior