Autocrítica: FMI reconhece besteiras. Mas insiste nelas

Estudo divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) admite fato que o Sindicato e a CUT cansaram de denunciar. Isto é, que as reformas neoliberais realizadas na América Latina por imposição do próprio FMI não foram capazes de gerar crescimento econômico na região.

O relatório constata que entre 1998 e 2003 – ou seja, durante o governo FHC – a soma das riquezas produzidas no Brasil dividida pelo número de habitantes não cresceu. Como a população aumentou no período, a renda dos brasileiros caiu.

Na Argentina e na Venezuela, ainda segundo o FMI, a situação foi pior já que a renda da população diminuiu. 

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Mas o estudo fica realmente trágico quando o Fundo afirma que a ausência de crescimento foi causada porque os governos adotaram políticas neoliberais. Fica trágico porque essas políticas foram impostas pelo próprio FMI, embora não admita isso por escrito.

De qualquer forma, a instituição reconhece que a elevação do endividamento público e a abertura comercial indiscriminada deixaram as economias regionais em situação lamentável.

Assim, nada mais lógico que o FMI defenda a “promoção do crescimento” como remédio para curar os males latinos. Os problemas são as propostas do Fundo.