Avanços não acabaram com problemas do mercado de trabalho, diz IBGE
Foram observados avanços no mercado de trabalho brasileiro nos últimos anos, mas o país ainda possui muitas mazelas a serem minimizadas, concluiu o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo, ao comentar a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) 2003 a 2011, divulgada nesta quinta-feira.
“Ainda há um número expressivo de pessoas desocupadas e trabalhando sem contribuir para a Previdência”, disse o especialista do IBGE, apesar dos avanços observados no mercado de trabalho.
A população desocupada somou 1,1 milhão de pessoas em 2011, 45,3% a menos que o observado em 2003, quando o contingente era de 2,6 milhões. Já a população ocupada chegou a 22,7 milhões de pessoas, das quais 11,2 milhões tinham carteira assinada, ou 48,5% do total. Essa proporção era de 39,7% em 2003.
Como consequência do aumento do contingente de trabalhadores com carteira assinada, aumentou o número de trabalhadores que contribuíam para a Previdência Social. Enquanto em 2003 cerca de 61% das pessoas ocupadas contribuíam para a Previdência Social, em 2011, a fatia passou a representar 71%.
Em 2003, as mulheres ganhavam, em média, 70,8% do rendimento de trabalho dos homens, percentual que passou a ser 72,3% em 2011. O rendimento médio real das mulheres foi de R$ 1.343,81 no ano passado, ao passo que o dos homens chegou a R$ 1.857,64.
Em 2003, o total do rendimento médio real era de R$ 1.329,69, alcançando R$ 1.625,46 oito anos depois.
Do Valor Econômico