Aviões supersônicos – Metalúrgicos unem-se pela parceria com suecos

Metalúrgicos do ABC, do Sindicato Nacional da Suécia e da Confederação Nacional da CUT assinaram ontem documento no qual apoiam a parceria entre o Brasil e a Suécia para o desenvolvimento do avião de caça supersônico Gripen, da Saab. A indústria sueca propõe investir R$ 340 milhões para construir fábrica em São Bernardo que transfere tecnologia e cria seis mil empregos diretos e 22 mil indiretos. A Saab disputa com uma empresa norte-americana e outra francesa contrato para fornecer 36 caças ao País, num contrato de R$ 4 bilhões.

Stevan Löfven, presidente do IF Metall , prefeito Luiz Marinho, Carlos Grana da Confederação dos Metalúrgicos, e o presidente do Sindicato, Sergio Nobre, apresentam documento de apoio do projeto sueco.

Metalúrgicos defendem projeto de caça sueco

Nosso Sindicato, a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT e o Sindicato Nacional dos Metalúrgicos da Suécia assinaram ontem declaração conjunta apoiando projeto que prevê parceria entre o Brasil e a Suécia no desenvolvimento, fabricação e comercialização em nosso País do avião supersônico Gripen, da empresa sueca Saab.
A CNM-CUT encaminha nesta semana a declaração para o presidente Lula, já que o processo de escolha está em fase final.
A Gripen disputa com a norte-americana Boeing, que fabrica o Super Hornet, e a francesa Dassault, com o Rafale, o contrato para fornecer 36 aviões de caça supersônicos ao Brasil.

Melhor
Para o prefeito Luiz Marinho, que também participou do ato da assinatura da declaração, a opção pelo Gripen significa investimentos de R$ 340 milhões numa fábrica em São Bernardo, enquanto nada se sabe em relação aos projetos norte-americano e francês.
“Pelos dados disponíveis, será o melhor para os trabalhadores, pois eles estarão envolvidos no desenvolvimento do projeto”, ressaltou.
O presidente do nosso Sindicato, Sérgio Nobre, destacou que a vinda da fábrica abre a possibilidade de novos investimentos no ABC, permitindo a criação de seis mil empregos diretos e cerca de 22 mil indiretos na área de alta tecnologia.
“Espero que o governo brasileiro faça a opção pelo caça sueco”, comentou. “Será bom para a categoria, para a cidade e também para as universidades, pois a proposta permite que a tecnologia desenvolvida seja usada em outros setores”, disse Sérgio Nobre.
Pontos fortes
Segundo Carlos Grana, presidente da CNM-CUT, os pontos fortes da proposta sueca são a parceria de longo prazo para a busca de mercado de exportação, a elaboração e o desenvolvimento tecnológico conjunto do projeto e a participação das instituições de pesquisa, universidades e sindicatos no desenvolvimento e inovação na área da aviação por meio da construção do caça.
Já Stevan Löfven, presidente do IF Metall, o sindicato sueco de metalúrgicos, destacou que a opção pelo Gripen permitirá elevar a capacitação tecnológica dos trabalhadores, com os sindicatos participando do processo de tomada de decisões.

Stevan, Marinho, Grana e Sérgio Nobre explicam motivos pelo apoio a projeto sueco