Backer: Pagamento ameaçado
O Sindicato está convocando os trabalhadores na Backer, em São Bernardo, a lutarem para garantir seus direitos e pressionarem a empresa a assinar o acordo de PLR. Se isto não acontecer, o pessoal corre o risco de ficar sem o pagamento da segunda parcela.
Juarez de Barros, o Buda, diretor do Sindicato, explica que a Backer está tentando enfiar a PLR goela abaixo dos trabalhadores, sem votar a proposta em assembléia. Caso a empresa consiga o que pretende, a companheirada pode ficar sem acordo de PLR.
“Isso já aconteceu no ano passado e o pessoal não recebeu a segunda parcela”, avisa Buda. “Ninguém consegue entender porque a empresa resiste em fazer um acordo. Dá a impressão que ela quer ser cobrada pelos trabalhadores”, diz Buda.
A Backer chegou a protocolar no Sindicato a ata de uma reunião sobre PLR. Agora, ela quer que os companheiros aceitem esta ata como se fosse um acordo. “Agindo assim a empresa faz pouco da inteligência do pessoal”, denuncia Buda.
Só vale com acordo – O dirigente explica que se a Backer fizer isso estará sujeita a fiscalização, pois não basta lançar um valor e dizer que é PLR. Tem que assinar acordo com o Sindicato e a comissão de PLR. Caso não aja assim, os valores pagos a título de PLR terão que recolher encargos.
“Se a empresa não cumprir esse ritual, ela pode ser acusada de sonegação fiscal. E com certeza iremos acionar os órgãos competentes para fiscalizar as empresas que insistirem em não cumprir a lei”, alerta Buda.