Bancários decidem em assembleia nesta quarta-feira se entram em greve por tempo indeterminado
O Sindicato orienta os trabalhadores a rejeitarem proposta da federação dos bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 4,5% (que repõe apenas a inflação) e de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) menor do que a paga no ano passado
Os bancários de São Paulo, Osasco e Região decidem em assembleia, nesta quarta-feira (23), às 19h, na Quadra dos Bancários, se entram em greve por tempo indeterminado a partir de quinta. O Sindicato orienta os trabalhadores a rejeitarem proposta da federação dos bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 4,5% (que repõe apenas a inflação) e de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) menor do que a paga no ano passado. Os bancários reivindicam 10% de reajuste salarial e PLR de três salários mais valor fixo de R$ 3.500.
“Os bancários não abrem mão de aumento real nos salários, de uma PLR maior e mais justa e de proteção aos empregos frente aos processos de fusão. Os bancos que mantiveram seus lucros elevados e que lideram o ranking de rentabilidade das Américas têm condições de atender às reivindicações da categoria”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários. “Com essa proposta rebaixada os banqueiros estão levando os trabalhadores à greve”, destacou.
Práticas antissindicais – O presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, denunciou ao secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, a realização da reunião entre responsáveis pela segurança dos bancos e o Comando da Polícia Militar (PM), da capital paulista, para montar um esquema de repressão a uma “possível” greve dos bancários.
Em reunião na tarde desta terça-feira 22, Marcolino apresentou o e-mail encaminhado pela federação dos bancos (Febraban) aos seus filiados convocando para o encontro com a PM. Ao ver que um dos itens da audiência era “planejamento de ações conjuntas frente ao movimento grevista”, Ferreira Pinto foi taxativo: “é evidente que houve a reunião. Isso é um equívoco. Não é um procedimento correto”, disse o secretário ao afirmar que irá procurar o comandante da Polícia Militar para tratar do assunto. “A greve é um direito constitucional. A obrigação da PM é mantê-la em termos pacíficos”, destacou.
Do Sindicato dos Bancários de SP