Bancários decidem manter greve por tempo indeterminado

Os bancários realizam uma passeada na Avenida Paulista nesta sexta-feira. O movimento, que sai da Praça Oswaldo Cruz, segue até a frente do prédio do Banco Real, onde está instalado o escritório de Fábio Barbosa, presidente do Santander e da Fenaban

Os bancários de São Paulo, Osasco e região decidiram em assembleia na noite de quinta-feira (24) manter a greve por tempo indeterminado já que a federação dos bancos (Fenaban) não apresentou nova proposta e tampouco marcou negociação com os trabalhadores.

Neste primeiro dia de greve, 29 mil bancários aderiram a paralisação em 679 locais de trabalho. Além das agências, ficaram fechados os prédios administrativos do Unibanco Patriarca e Boa Vista, Nossa Caixa XV de Novembro e Tesouro, Banco do Brasil Complexo São João e Verbo Divino e o Bradesco Alphaville, que ficou abriu depois das 10h.

“A greve começou forte e a tendência é ampliá-la. Essa manifestação demonstra o descontentamento dos trabalhadores frente à postura dos banqueiros, que apesar de conhecer as reivindicações dos trabalhadores há mais de dois meses, se limitaram a apresentar uma proposta sem aumento real, com PLR inferior a de 2008 e ainda se negam a discutir proteção ao emprego em caso de fusão”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários. “Os bancários querem negociação com proposta que corresponda às reivindicações e ao empenho dos trabalhadores, que ajudaram a construir os altos lucros dos bancos”, ressaltou.

A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.

Passeata e Assembleia – Nesta sexta-feira 25, segundo dia de greve, os bancários realizam uma passeada na Avenida Paulista, concentração às 15h, a partir da Praça Oswaldo Cruz com destino ao prédio do Real (próximo à estação Trianon do Metrô), banco adquirido pelo Grupo Santander. No local, está instalado o escritório de Fábio Barbosa, presidente do Santander e da Fenaban.

Do Sindicato dos Bancários de SP