Bancários fazem assembléia hoje para avaliar greve
"Os banqueiros empurraram os trabalhadores da mesa de negociação à greve", afirma presidente do Sindicato dos Bandários, Luiz Cláudio Marcolino.
Os bancários entram em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira. A decisão foi tomada na noite da terça-feira, em assembléias realizadas pelos vários sindicatos da categoria.
A paralisação é para exigir da federação dos bancos (Fenaban) uma proposta que contemple as reivindicações dos trabalhadores. “Essa greve é uma necessidade da categoria para avançar nos direitos e manter o que já foi conquistado”, afirma Maria Rita Serrano, presidenta do Sindicato dos Bancários do ABC.
A pauta de reivindicações inclui aumento real de 5% (além da inflação de 7,15%), valorização dos pisos, auxílio-creche de R$ 415, vale-refeição de R$ 17,50 por dia, além de PLR composta de três salários mais valor fixo de R$ 3.500.
“Os banqueiros empurraram os trabalhadores da mesa de negociação à greve. Os bancários vão parar por aumento real de salários, valorização nos pisos e PLR maior e mais justa”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Os bancários rejeitaram no dia 29 de setembro, proposta que já havia sido rechaçada pelo Comando Nacional dos Bancários na mesa de negociação com os banqueiros que previa reajuste de 7,5% e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) menor do que a paga no ano passado.
Os sindicatos realizam assembléia no final da tarde de hoje para avaliar o primeiro dia de paralisação.
O Sindicato distribuiu há dias carta aberta à população para alertar sobre a greve a partir do 8 de outubro e para explicar os motivos das manifestações. O auto-atendimento não será atingido pela paralisação. As direções dos bancos decidem se fecham ou se mantêm aberta a área dos caixas eletrônicos.
Da Redação