Bancários, metalúrgicos, químicos: acordos somam R$ 10 bilhões na economia

Estimativas incluem um acordo nacional, um estadual e um regional

O acordo salarial dos químicos no estado de São Paulo deve representar um acréscimo de quase R$ 817 milhões na economia, segundo levantamento do Dieese divulgado ontem (21) pela Confederação Nacional dos Químicos da CUT, com base em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O valor abrange 276 mil trabalhadores dos segmentos químico, cosmético e plástico, que tiveram reajuste de 7,5% na data-base (1º de novembro). Com mais esse acordo, três categorias – bancários (nacional), metalúrgicos (ABC) e químicos (São Paulo) – somam aproximadamente R$ 10 bilhões a mais na economia.

Na convenção coletiva dos bancários, que tiveram 8% na data-base (1º de setembro), o reajuste garantiu R$ 8,722 bilhões a mais, sendo R$ 5,318 bilhões relativos à participação nos lucros ou resultados (PLR). Já o acordo dos metalúrgicos do ABC (cujo sindicato reúne quatro municípios da região), que também garantiram 8% de aumento, representou em torno de R$ 462 milhões.

Pelo estudo do Dieese, o maior número de trabalhadores do ramo químico está no segmento de plásticos (157 mil), somando R$ 315 milhões. Os químicos somam 96 mil (R$ 448 milhões) e os do setor de cosméticos, 24 mil (R$ 54 milhões). O acordo assinado no último dia 14 prevê reajuste de 7,5% para salários de até R$ 7.375,25; acima disso, um fixo de R$ 553,14.

Da Rede Brasil Atual