Bancários param a partir de terça-feira no ABC

Os bancários do Grande ABC decidiram entrar em greve a partir de terça-feira (dia 18). A decisão ocorreu ontem, após assembleia no Sindicato dos Bancários do ABC. Na segunda-feira, os trabalhadores discutem, junto à entidade, e votam como se dará a paralisação das 370 agências da região.

A mobilização da classe é uma resposta ao impasse nas negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). O comando nacional dos bancários não aceitou a proposta dos bancos de reajuste de 6% sobre todas as verbas salariais da categoria. E na última reunião entre patrões e sindicato, no dia 4, a Fenaban não fez outra proposta.

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Em seguida, no dia 5, a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) enviou carta à Fenaban, assinada pelo seu presidente Carlos Alberto Cordeiro da Silva, avisando que sem novas propostas dos empregadores, trabalhadores votariam por greve ontem, para paralisação no dia 18.

No Grande ABC, o setor tem, aproximadamente, 7.500 profissionais. E, por enquanto, está nos planos da categoria a paralisação integral, ou seja, bancos públicos e privados. Será o oitavo ano consecutivo de greve durante a campanha salarial. No entanto em 2007, apenas funcionários da Caixa Econômica Federal cruzaram os braços (hoje são cerca de 1.000 funcionários). À época, após aceitar o reajuste de 6%, eles não concordaram com a proposta da PLR.

Como ainda conta com cinco dias até a assembleia que antecede a greve, a

Fenaban deixou claro que não saiu do jogo. “A proposta dos bancos está na mesa para ser debatida com o movimento sindical, portanto a Fenaban confia no diálogo, que tem sido presente nas negociações de 2012, para alcançar os entendimentos necessários ao fechamento do acordo e renovação da convenção coletiva de trabalho entre bancos e bancários”, informou por nota.

Se o comando nacional dos bancários receber nova proposta da Fenaban antes da greve, esta será avaliada durante assembleia do dia 17, afirmou o presidente do sindicato na região, Eric Nilson. “Caso não seja aceita, a greve será mantida para iniciar à 0h do dia 18”, destacou.

Por outro lado, a entidade que representa os bancos recusou antecipar orientações aos clientes sobre como proceder para utilizar os serviços bancários caso, realmente, a paralisação se inicie na terça-feira.

Os trabalhadores pedem reajuste de 10,25%, piso de R$ 2.416,38, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, plano de cargos, elevação dos valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação para R$ 622. Também requerem a criação do 13º auxílio-refeição.

Do Diário do Grande ABC