Banco Central e CNI reforçam otimismo no crescimento do PIB

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) aumentou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2% para 2,4% neste ano, segundo o Informe Conjuntural divulgado hoje (25). A inflação deve cair de 6% para 5,8%. A estimativa da confederação foi feita agora em setembro, no encerramento do terceiro trimestre do ano.

O PIB da indústria, com alta de 1,4%, representa melhora em comparação com o recuo de 0,8% registrado em 2012. De acordo com o Informe Conjuntural, a inflação oficial de 5,8% indica que o governo deverá reajustar a taxa básica do juros (Selic) para 9,75% ao final de 2013. Baseada nestes números, a CNI prevê que a taxa média real de juros será 1,9% ao ano, inferior à registrada no ano passado, quando chegou a 3,1%.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, criticou ontem (24), durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, as análises pessimistas sobre os rumos da economia brasileira.

Segundo ele, o país está crescendo de “forma gradual”, ao contrários da avaliação de alguns agentes do mercado, que seria “mais pessimista que a realidade dos números”.

Tombini ressaltou que o PIB teve uma expansão de 1,5% no segundo trimestre, o que equivale, em termos anualizados, a mais de 6% ao ano. Também informou que os investimentos tiveram um aumento de 3,6% no segundo trimestre, sendo o terceiro trimestre consecutivo de expansão dos investimentos.

Ele citou ainda o aumento do emprego e o crescimento do crédito, com redução da inadimplência e do comprometimento da renda das famílias.

“A indústria apresenta retomada gradual. O setor de serviços continua a se expandir, mas em ritmo menos intenso de que em anos anteriores. O setor agrícola continua a apresentar safras recordes”, acrescentou.

Quanto à inflação, o presidente do Banco Central reiterou que a taxa está em queda. Ele reconheceu que a desvalorização do real frente ao dólar nos últimos meses é uma fonte de pressão sobre a inflação no curto prazo, mas voltou a dizer que a “adequada” administração da política monetária será capaz de limitar a influência do câmbio sobre os preços.

Da Agência Brasil/Rede Brasil Atual