Banco da Espanha prevê aumento da recessão e desemprego em 2013
O Banco da Espanha prevê que a recessão econômica do país se agravará em 2013, enquanto que o desemprego, que já afeta mais de 25% da população ativa, continuará aumentando.
Segundo as previsões do boletim mensal do banco central, a quarta economia da zona euro verá seu produto interno bruto contrair 1,5% em 2013 e seu índice de desemprego alcançará 27,1% da população ativa.
“O notável efeito arrastão, resultante da pronunciada queda da atividade no final de 2012, faz com que, apesar do perfil de melhoria progressiva nas taxas intertrimestrais do PIB, a previsão para o conjunto de 2013 mostre uma queda levemente superior à registrada no exercício passado”, explicou o banco central.
Em recessão desde o final de 2011, a economia espanhola retrocedeu 1,37% em 2012. A queda da atividade econômica foi especialmente significativa no último trimestre do ano, quando o PIB caiu 0,8%.
Mesmo assim, o banco assinalou que o consumo privado, um dos principais fatores de recessão em 2012 pela queda do poder adquisitivo, e o crédito mostram alguns sinais de melhoria, ao mesmo tempo em que as exportações, o principal motor econômico, crescerão 3,8% em 2013.
O banco central também prevê uma moderada recuperação da economia espanhola em 2014, com um crescimento de 0,6% baseado em “uma progressiva melhoria dos distintos componentes da demanda privada”.
O governo previu uma queda de 0,5% do PIB em 2012 e um crescimento de 1,2% em 2014, apesar de já anunciar que revisará estas cifras.
Neste contexto, as taxas de desemprego prosseguirão com sua progressão galopante até alcançar uma cifra de 27,1% da população ao longo de 2013, dois pontos a mais que a média em 2012 (25%).
O tímido crescimento de 2014 deverá ser acompanhado de uma leve queda do desemprego até terminar o ano em uma taxa de 26,8% da população ativa, graças à criação de trabalho no setor privado que compensará a eliminação de empregos públicos.
Quanto às finanças públicas, o Banco da Espanha prevê que o déficit se situe em torno dos 6% em 2013, comparado com os 10% de 2012 se for computada a ajuda europeia aos bancos (6,7% sem isso).
Em 2014, também se manteria em 6%, longe dos objetivos de déficit fixados com Bruxelas em 4,5% em 2013 e 2,8% em 2014.
Do Uol Economia