Banco de horas mantém o emprego na Autometal

Desde o final do ano passado, o pessoal na empresa teve licença remunerada, férias coletivas e normais, num esforço de adequar a produção à queda na demanda, sem demissões ou redução salarial

Raquel Camargo

Para Amendoim, o acordo foi dentro da visão do Sindicato de usar todos os mecanismos de proteção do emprego e renda que surgiu a proposta do banco de horas

A flexibilização da jornada por meio de um banco de horas foi o mecanismo adotado no acordo entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Autometal, autopeças de Diadema, para manter o emprego e os salários de cerca de 1,2 mil companheiros. A proposta foi aprovada em assembléia na segunda-feira (9).

Desde o final do ano passado, o pessoal na empresa teve licença remunerada, férias coletivas e normais, num esforço de adequar a produção à queda na demanda, sem demissões ou redução salarial.
Mas, no final de janeiro, a empresa alegou a necessidade de cortar 111 vagas.

Estabilidade
Segundo Gilberto da Rocha, o Amendoim, do Comitê Sindical, foi dentro da visão do Sindicato de usar todos os mecanismos de proteção do emprego e renda que surgiu a proposta do banco de horas.

O acordo vale até abril e será aplicado com a suspensão do trabalho aos sábados. A medida provoca a redução média de seis horas na jornada, dependendo do turno.

Em contrapartida, os companheiros terão estabilidade no emprego até o final do acordo e as horas negativas do banco serão compensadas no pagamento da primeira parcela da PLR deste ano.

Da Tribuna Metalúrgica