Bancos brasileiros ganham espaço e chegam ao ´top 5´ do lucro nas Américas

Banco do Brasil, Itaú e Bradesco subiram no ranking e estão em 3º, 4º e 5º lugares. Cálculo exclui Canadá e mostra queda no lucro de bancos americanos

Um cálculo divulgado nesta sexta-feira (20) pela consultoria Economatica põe os três principais bancos brasileiros – Itaú, Banco do Brasil e Bradesco – entre os cinco maiores lucros do setor em 2008 nas Américas, excluindo as instituições cananadenses.

Os bancos brasileiros mais bem colocados são o Banco do Brasil, que aparece em terceiro lugar, com lucro de US$ 3,76 bilhões, seguido imediatamente pelo Itaú, com US$ 3,34 bilhões, e pelo Bradesco, com US$ 3,26 bilhões.

As três instituições ganharam espaço em relação ao ano passado, quando nenhuma delas aparecia nas cinco primeiras posições do ranking: em 2007, o Itaú aparecia na 6ª posição, o Bradesco estava na 7ª e o Banco do Brasil, na 12ª. Isso mostra que, comparativamente, a crise afetou de forma positiva a posição dessas instituições no ranking.

Em 2007, a lista do “top 20” das Américas tinha 16 bancos americanos. No ano passado, entre os 20 bancos mais lucrativos do continente, estavam quatro bancos brasileiros, um mexicano e um chileno, além de 14 instituições americanas.

Bancos americanos
Em 2008, o maior lucro foi do banco JP Morgan, com US$ 5,6 bilhões, seguido pelo Bank of America, com US$ 4 bilhões – as duas instituições mantiveram suas posições na tabela das Américas, na comparação com o resultado de 2007.

No ano passado, as cinco primeiras posições eram de bancos americanos. Dois deles – o Wells Fargo e o Goldman Sachs – agora aparecem em posições intermediárias no ranking, enquanto o Wachovia acabou comprado pelo Wells Fargo.

Rentabilidade
No quesito rentabilidade sobre o patrimônio – que avalia o resultado do banco em comparação com seus ativos -, o BB é o mais rentável, com 32,6%, seguido pelo Bradesco, com 23,6%.

Nesse quesito, o JP Morgan e o Bank of America ficam nas últimas posições. Isso, segundo a Economatica, mostra que a “qualidade” do resultado das instituições nacionais é melhor, ainda que o resultado absoluto seja inferior.

Do G1