Barba defende Inovar-Auto em oficina da CUT
Barba fala durante oficina. Foto: Adonis Guerra
O diretor Administrativo do Sindicato, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, destacou a importância da inclusão do debate sobre a indústria automotiva no Plano Brasil Maior, durante oficina realizada pela CUT São Paulo, na última sexta.
O evento fez parte de uma série de discussões promovidas pela Central, nas regionais do Estado, em comemoração ao 1º de Maio, Dia do Trabalhador.
Segundo o dirigente, o processo iniciado pelo Sindicato há dois anos resultou na criação de 19 Conselhos de Competitividade, entre eles o do setor automotivo, que formulou o novo Regime Automotivo, o Inovar-Auto.
Apropriação
“O Inovar-Auto garantiu às empresas a fabricação de veículos ao estabelecer uma série de incentivos para isso”, afirmou Barba. “O programa condiciona a redução de impostos, como o Imposto sobre Produção Industrial, o IPI, à utilização de peças produzidas no Brasil, de pesquisas em inovação tecnológica, de investimentos em ferramentaria e engenharia”, explicou o diretor do Sindicato na oficina da CUT-SP.
Além disso, o Regime estipula que das 12 etapas de fabricação do automóvel, oito seja realizadas no País e das 14 etapas de fabricação de caminhões, dez sejam nacionalizadas.
“O programa é tão completo que permite até a participação até das importadoras de automóveis, desde que obedeçam as normas relativas ao seu setor e as cotas de importação”, prosseguiu o dirigente.
“Todas essas medidas modificam o perfil das empresas, que caminhavam para um processo limitado ao CKD, que apenas monta veículos”, disse. “Por isso é tão importante que a categoria conheça o Inovar-Auto e se aproprie dele”, concluiu Barba.
APLs
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de São Bernardo, Jefferson da Conceição também fez parte da mesa da oficina e falou sobre as políticas públicas para o desenvolvimento da economia, com a participação dos trabalhadores.
Ele citou a importância dos Arranjos Produtivos Locais, os APLs, idealizados pelo Sindicato e encampados pela prefeitura.
“Os APLs permitem que as empresas realizem, entre outras ações, compras conjuntas aumentando seu poder de barganha e, consequentemente barateando seus custos de produção”, afirmou o secretário.
Da Redação