Basta!

Os trabalhadores continuam sendo desrespeitados em seus direitos como cidadão brasileiro.

Que palhaçada! Desculpem-nos por começar um artigo com esta palavra. Mas não há outro adjetivo para o caso, pois os palhaços somos nós, os trabalhadores, cidadãos que levantam cedo todos os dias; trabalham sob condições inaceitáveis, retornando apenas à noite para casa, quando os filhos já estão dormindo e o marido ou a mulher não se encontram, porque estão estudando ou fazendo cursos.
Mas temos a segurança de viver num País democrático, onde as leis são respeitadas, pelo menos a maioria. Sabemos que existe a Justiça para dirimir os conflitos criados ou provocados por outros cidadãos que se revestem de empresários, a Justiça para restabelecer a Justiça.
Aí o cidadão percebe que está sendo lesado pelo próprio governo ao descobrir que sua conta no FGTS não obteve todos os reajustes que seriam devidos em virtude das enormes inflações vividas de 1988 para cá, faltando quase 80% de diferença de correção.
Todos correm ao Poder Judiciário para que seja sanada a questão e restabelecida a aplicação dos devidos índices de correção nas contas do FGTS. Os processos são ganhos, mas existem os recursos promovidos pelo governo para levar para longe a última decisão que finalmente colocaria na conta de FGTS de cada um de nós o dinheiro que está faltando. Sofremos toda a inflação, pagamos caro por ela, perdemos milhares de empregos por conta dos planos mirabolantes governamentais. Temos o direito de receber de volta o que nos pertence.
E a correção vai chegar atrasada porque jamais conseguirá restabelecer o que havia antes: a esperança num País melhor, onde as leis são respeitadas, a Justiça funciona e se acredita nas pessoas eleitas.
Agora vem novamente o governo com sua fome insaciável de impostos, tributos, taxas, CPMFs, etc, e quer ficar com a multa dos 40% do FGTS que todo trabalhador tem direito quando é demitido, quando é lançado ao desemprego, é jogado na rua e acaba por se marginalizar num País onde se cultiva até preconceito por desempregado.
Não podemos jamais aceitar tal fato, ficar calados, senão, a intenção passará tão fácil quanto passaram as mudanças da Previdência, a cobrança do CPMF.