BNDES acolhe primeiros projetos voltados à descarbonização do setor automotivo

Ação será a primeira leva do BNDES Rota 2030, programa anunciado em outubro do ano passado, que prevê R$ 200 milhões em recursos para o setor pelos próximos cinco anos

O BNDES receberá, a partir de sexta-feira (12), os primeiros projetos de instituições de pesquisa que tenham como objetivo a descarbonização do setor automotivo. Até o fim do ano, estarão disponíveis R$ 40 milhões em recursos não reembolsáveis para esses projetos, que poderão ser elaborados em parceria com empresas. A ação será a primeira leva do BNDES Rota 2030, programa anunciado em outubro do ano passado, que prevê R$ 200 milhões em recursos para o setor pelos próximos cinco anos.

Para receber o aporte, o projeto precisará cumprir uma série de exigências, como ter valor mínimo de R$ 10 milhões. Também precisará ser destinado a: máquinas agrícolas movidas a biometano e outros biocombustíveis alternativos; veículos pesados urbanos, sejam eles elétricos ou movidos a gás natural veicular (GNV) ou biometano; veículos leves, sejam híbridos com etanol, elétricos ou movidos a células de combustível; pesados rodoviários movidos a biometano, GNV, biodiesel ou células de combustível.

Além disso, terá que contemplar pelo menos uma das seguintes frentes: baterias e ‘powertrain’ de baixa emissão, com foco em veículos híbridos, incluindo seus componentes e insumos críticos e as soluções para infraestrutura de recarga; descarbonização dos processos produtivos de veículos, componentes, insumos críticos e materiais estratégicos, como aço verde, alumínio e novas ligas especiais; biocombustíveis e suas aplicações em veículos leves e pesados e em máquinas agrícolas, com destaque para as soluções de biometano.

Entre os critérios que serão usados pelo BNDES para avaliar os projetos, por sua vez, estarão: impacto econômico e ambiental da tecnologia; desafios tecnológicos envolvidos; grau de ineditismo da tecnologia a ser desenvolvida; potencial de introdução das inovações no mercado; aplicação potencial da tecnologia em outros setores; cooperação na cadeia de fornecedores; capacitação da equipe do projeto e da instituição de pesquisa; alinhamento com outras políticas públicas.

Do Valor Econômico