BNDES confirma mudança para reaquecer mercado de caminhões

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, anun­ciou durante reunião no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, mudanças de financiamento dos ca­minhões para reaquecer as vendas dos veículos no País.

Rafael Marques questiona o presidente do BNDES , Luciano Coutinho, sobre o aquecimento do mercado de caminhões. No destaque, Coutinho responde

O presidente do Banco Nacional de Desen­volvimento Econô­mico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, anun­ciou durante reunião no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, mudanças de financiamento dos ca­minhões para reaquecer as vendas dos veículos no País.

A informação é do presidente do Sindicato e da Agência de Desenvol­vimento Econômico do Grande ABC, Rafael Mar­ques, participante do en­contro que contou também com a presença de prefeitos da região.

Segundo Rafael, Couti­nho deixou claro que agora é oficial a retomada do financiamento de caminhões pelo PSI Finame. “Agora estará ga­rantida a ampliação da co­bertura de financiamento de 90% e 100%, de acordo com o faturamento da em­presa, para a aquisição de novos caminhões”, revelou o presidente.

“Outra decisão anun­ciada pelo presidente do BNDES durante o encontro é a eliminação do teto de R$ 200 milhões para a aquisi­ção de frotas”, prosseguiu Rafael.

Renovação de Frota

Ainda na discussão sobre a retomada do mercado de caminhões, foi debatido o Programa de Renovação da Frota de Caminhões, também defendido pelo Sindicato e a Agência.

“O próprio Coutinho apoia a implantação do pro­grama o quanto antes”, con­tou Rafael. “Este é mais um mecanismo em que nós e o BNDES estamos de acordo e acreditamos ser necessário para impulsionar as vendas e me­lhorar o meio am­biente”, afirmou. “Temos uma mesa de negociação a ser retomada com o governo federal e o BNDES é par­ceiro nesse pro­cesso”, avaliou.

O dirigente foi enfático ao afirmar também que a Reno­vação de Frota de Caminhões é uma forte bandeira de luta dos Metalúrgicos do ABC. “Além de estimular a produ­ção e garantir os empregos na categoria, o programa tem reflexos positivos na redução de acidentes e melhora o meio ambiente por facilitar a substituição de caminhões velhos por modelos menos poluentes”, explicou.

“É preciso fortalecer a engenharia”, diz Coutinho ao apoiar Ferramentaria

Ainda de acordo com Ra­fael, o debate seguiu para o setor de Ferramentaria onde as discussões passaram por três eixos. O primeiro foi a criação do Centro de Desen­volvimento Avançado em Ferramentaria, um projeto da Agência, do APL (Arranjo Produtivo Local) de Ferramentaria, o Instituto Mauá de Tecnologia e a UFABC.

“Esta iniciati­va é muito im­portante para o desenvolvimento de inovações, simulações e projetos, no qual é ne­cessário o aporte do BNDES para conseguir fazer o Centro funcionar e dar ainda mais competitividade ao setor”, ressaltou Rafael.

O presidente do BNDES aproveitou para reafirmar seu apoio à criação do Cen­tro e sugeriu que ele seja articulado com as monta­doras por meio da Anfavea, o sindicato das montadoras.

Para Coutinho, as mon­tadoras podem ser clientes do Centro em vez de deixar de produzir no País. “É pre­ciso ter a atividade de enge­nharia fortalecida”, avaliou.

O segundo ponto foi a discussão do financiamento às Ferramentarias que não têm Certidão Negativa de Débito. A ideia é sanar essas dívidas e, assim, ter acesso ao financiamento.

A última questão debati­da foi a Pró-Ferramentaria, com modalidades de financiamentos para apoiar as empresas do setor, que também recebeu promessa de solução rápida do presi­dente do BNDES.

O que é o PSI Finame?

A intenção do BNDES com o retorno do PSI Finame, também conhecido como Finame Simplificado, é destravar os finan­ciamentos de caminhões para reduzir o tempo de aprovação do crédito dos atuais 45 a 50 dias para perto de 15 dias.

No Finame Simplificado, o financiamento é aprovado diretamente pela instituição financeira mediadora da operação e o caminhão já pode ser faturado.

Na linha convencional, depois de aprova­da pelo banco, a documentação é enviada para verificação do BNDES e só então o veículo pode ser efetivamente vendido.

Da Redação