BNDES libera linha de R$ 304 milhões para Volkswagen
Recursos serão aplicados em digitalização, conectividade e automação das fábricas
A Volkswagen do Brasil anuncia nesta sexta-feira (27) a contratação de uma linha de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 304 milhões, para modernizar as quatro fábricas da montadora no país. Essa é a segunda vez, neste ano, que a instituição aprova financiamento para a montadora alemã. Em fevereiro, foram liberados R$ 500 milhões para o desenvolvimento das novas gerações de veículos híbridos.
Em comunicado, a Volkswagen informa que os novos recursos serão aplicados em digitalização, conectividade, automação e processos da indústria 4.0, com integração dos equipamentos à Inteligência Artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem. A inteligência artificial auxiliará na automação dos processos e novas tecnologias de impressão de protótipos de peças e componentes com impressora 3D, entre outros.
Ambos os financiamentos estão inseridos no programa BNDES Mais Inovação. A linha de R$ 500 milhões foi anunciada três dias depois de a Volks revelar ao governo o acréscimo de mais R$ 9 bilhões ao ciclo de investimentos no país, que totalizará R$ 16 bilhões entre 2022 e 2028. Do plano total, a maior parte dos recursos – R$ 13 bilhões – será aplicada nas três fábricas instaladas em São Paulo (São Bernardo do Campo, Taubaté, onde são produzidos veículos e São Carlos, que faz motores). Os outros R$ 3 bilhão vão para a unidade de São José dos Pinhais (PR).
Os investimentos incluem o lançamento de 16 novos veículos até 2028. Mas a maior novidade é a chegada dos híbridos – que têm um motor a combustão e outro elétrico, que se alternam conforme a necessidade. No passado, a indústria automobilística instalada no Brasil, e em grande parte a Volkswagen, costumava utilizar recursos do BNDES com frequência, principalmente para o desenvolvimento de veículos. O setor ficou, posteriormente, distante do banco por um tempo. Mas com a nova onda de investimentos no país, o BNDES ressurgiu como uma das fontes de recursos.
Do Valor Econômico