Bolsista brasileira em Cuba elogia o Mais Médicos

Bruna Buava ao lado do presidente do Sindicato, Rafael Marquesde

A quintanista de medicina em Cuba, Bruna Cristina Bua­va, agradeceu ao presidente do Sindicato, Rafael Marques, a solidariedade dos metalúrgi­cos do ABC, que apoiam seus estudos no exterior. “Sem o Sindicato não seria possível que eu pudesse realizar meus estudos”, afirmou.

Durante a conversa, Bruna mostrou curiosidade sobre a recepção ao Mais Médicos no País e ficou feliz ao saber que ele completa um ano hoje com excelente acolhida dos profissionais cubanos pela população que participa do programa.

“Na época em que era mi­nistro da Saúde, Alexandre Padilha, que é o responsá­vel pela existência do Mais Médicos no Brasil, fez uma palestra na Escola Latino Americana de Medicina para um intercâmbio de informa­ções”, destacou.

Confira abaixo a entrevis­ta de Bruna à Tribuna.

Tribuna Metalúrgica – Como e por que você foi estudar em Cuba?

Bruna Buava – Meu avô, que era metalúrgico, um dia falou com alguns companheiros do Sindicato sobre minha vontade de estudar medicina, mas não ter dinheiro para pagar o curso.

Um dos trabalhadores era Rafael, que conseguiu que eu participasse da seleção dos candidatos a uma bolsa de estudos em Cuba.

TM – Algum brasileiro pro­cura conhecer a experiência cubana?

Bruna – Na época em que era ministro da Saúde, Ale­xandre Padilha, que é o responsável pela existência do Mais Médicos no Brasil, fez uma palestra na Escola Latino Americana de Me­dicina para um intercâmbio de informações. Ele tem uma visão maravilhosa da Saúde da Família.

TM – Qual é a principal di­ferença entre a medicina no Brasil e em Cuba?

Bruna – Em Cuba os médicos são mais próximos da popu­lação, com quem mantém uma relação muito estreita.

A cada três ruas, tem um médico da Família que mora ali. Ele conhece todos os problemas da região e as pessoas.

Sai caminhando pelo bairro uma vez por semana para acompanhar os problemas e a rotina, se ferve a água, por exemplo. Assim é muito mais fácil direcionar a pre­venção da saúde, que é o mais importante e é o que ainda falta aqui no Brasil. O médico em Cuba é como se fosse uma mãe mesmo, que acompanha o tempo todo a evolução das pessoas e as tendências da saúde de cada um.

TM – Como o Mais Médicos é visto em Cuba?

Bruna – Nesses anos todos na Ilha, senti que os cubanos tem um carinho muito grande pelo Brasil, sabem muito do País e vieram para o Mais Médicos com o coração aber­to. Os médicos não vieram pelo dinheiro, eles vieram para cumprir uma missão, por solidariedade. Não falta médico lá em Cuba. Não tem que escolher uma profissão por dinheiro. Eles escolhem por amor e trabalham por amor. É uma outra visão.

Da Redação