Bozza: Desrespeito é a política da empresa
Enquanto os metalúrgicos
de outras empresas avançam nas
conquistas e nas relações de trabalho,
os companheiros na
Bozza, em São Bernardo, decidiram
se mobilizar contra a política
truculenta praticada pela
empresa.
Lá não existe política de
cargos e salários. Quando os
trabalhadores cobram sua implantação,
o RH avisa que vai
corrigir as distorções mas tudo
continua na mesma. Outra
irregularidade é trabalhador
especializado em CNC registrado
como ajudante.
As horas extras são pagas por fora e os critérios
para receber o vale alimentação
são tão rígidos que esse
benefício acaba virando despesa
para os trabalhadores.
Os chefes praticam assédio
moral, gritando e xingando
o pessoal, e as câmeras
vigiam todos por toda parte.
No banheiro, sabonete é
artigo de luxo.
As condições de trabalho
são péssimas. Não existe
cabine entre as máquinas de
solda. Quem vai ao banheiro
precisa passar pela pintura,
ficando exposto aos produtos
químicos do setor.
Todas essas irregularidades
foram denunciadas pelos
trabalhadores durante plenária
realizada no Sindicato.
“Na plenária, ficou claro
que eles querem respeito, com
o fim das advertências e suspensões,
e querem a valorização do
trabalho, com uma política de
cargos e salários e também uma
PLR decente”, disse o diretor
do Sindicato Carlos Alberto
Gonçalves, o Krica.
Os companheiros na
Bozza decidiram se mobilizar
para mudar essa situação.
“O Sindicato está junto deles
nessa luta”, avisou Krica.