Brasil abre 16 milhões de empregos e Europa fecha 80 milhões


Mercado interno garantiu abertura de vagas nas indústrias. Foto: Rossana Lana / SMABC

A crise econômica européia deflagrada a partir de uma bolha de especulação financeira iniciada em 2008 nos Estados Unidos já fechou cerca de 80 milhões de empregos no mundo.

Aqui no Brasil, a política de valorização salarial e o estímulo ao mercado interno imprimida a partir do governo Lula criou 16 milhões de empregos.

Na reunião do G 20 ocorrida na semana passada em Cannes, o Brasil apresentou relatório mostrando que o Brasil vai abrir 2,5 milhões de postos de trabalho neste ano.

Em encontro reunindo ministros do Trabalho e da Área Social dos países do G 20, o Brasil se posicionou contrário aos critérios de precarização do trabalho e flexibilização das leis trabalhistas embutidos nos pacotes de austeridade financeira, contrapartida à ajuda do FMI aos países endividados.

“O corte de gastos e o fechamento de vagas vai aprofundar a recessão e as crises nos países”, disse Carlos Alberto Gonçalves, o Krica, diretor executivo do Sindicato.

Ele comentou que o mesmo aconteceu no Brasil e em outros países da América Latina, quando na década de 70 o capital especulativo abriu as torneiras dos empréstimos em busca de lucro fácil.

A conta foi paga pelos trabalhadores nas duas décadas seguintes, com recessão, corte de direitos, desemprego e rebaixamento do poder de compra dos salários.

A mudança da política econômica reverteu essa situação com uma política de aumento de investimentos e gastos sociais, valorização do salário e geração de emprego.

“Apesar do exemplo brasileiro, os políticos e tecnocratas não sabem pensar além da concorrência dos mercados”, concluiu Krica.

Da Redação